
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) revelou que “as participações incidem sobre aspetos como a salvaguarda dos impactes no tráfego e nas acessibilidades da área envolvente ao projeto, nas diferentes fases da sua implementação, no nível da qualidade do ar e do ambiente sonoro junto da população residente e nos edifícios situados no principal arruamento afetado pelas futuras obras”.
Com um investimento estimado de 43,5 milhões de euros na ampliação do espaço, a Sonae Sierra divulgou, no início de março que as obras de expansão deverão arrancar no último trimestre do ano, “logo que esteja concluído o processo de licenciamento”.
A autorização do projeto só poderá ser concedida após a emissão, pela CCDR-N, de uma Declaração de Impacte Ambiental Favorável ou Condicionalmente Favorável.
Entre 9 de março e 6 de abril decorreu a fase de consulta pública de avaliação ambiental do projeto de ampliação do centro comercial, tendo a CCDR-N recebido cinco participações.
Para além do impacto no tráfego, acessos, qualidade do ar e ambiente sonoro, “os cidadãos questionam, ainda, a garantia de acesso a pessoas de mobilidade reduzida à nova área da grande superfície e de reabilitação dos jardins junto do edifício do NorteShopping”.
“A Comissão de Avaliação de Impacte Ambiente, coordenada pela CCDR-N e com participação da Direção Geral das Atividades Económicas, da Direção Regional da Cultura e da Agência Portuguesa do Ambiente, analisará a participação pública e emitirá até 1 de junho a Declaração de Impacte Ambiental”, assinalou.
De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental que foi disponibilizado para consulta, “foram identificados diversos impactes negativos resultantes da construção e da exploração do projeto, dos quais se destacam os incómodos e as perturbações provocados pela obra”.
Contudo, e “tendo em conta as medidas preventivas e de minimização consideradas”, esses impactos negativos “foram avaliados como pouco significativos” e “o impacte positivo mais importante é o aumento do emprego, que foi classificado como significativo”.
A ampliação para sul do atual edifício traduz-se num aumento de 16 990 metros quadrados de área bruta acima do solo e destina-se a comércio, serviços, restauração e atividades complementares próprias de um centro comercial.
Nestas atividades complementares incluem-se os cinemas, que serão transferidos da sua atual localização para a cobertura do NorteShopping. O projeto prevê ainda a manutenção dos dois andares e a concretização de três pisos em cave.
A viabilização da ampliação do centro comercial passou por um acordo entre a autarquia e a empresa que implicou uma permuta de terrenos, aprovada em abril de 2015 e nos termos da qual a Câmara de Matosinhos aprova o crescimento do NorteShopping para sul, eliminando o parque de estacionamento ao ar livre que ali existe.