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O festival “bendito” onde a música não tem fronteiras estreia hoje perto do Porto

O festival “bendito” onde a música não tem fronteiras estreia hoje perto do Porto

O Parque Urbano de Geão, em Santo Tirso, vai voltar a ser palco de um dos eventos culturais mais distintos da região: o Palheta Bendita. A edição deste ano, a 19ª desde a sua fundação, decorre de 13 a 15 de junho, sexta-feira a domingo, e promete três dias intensos de música. 

A entrada é livre e são esperados cerca de 10 mil visitantes. Organizado pela Associação Cultural Tirsense em parceria com a Câmara Municipal de Santo Tirso, o festival mantém-se fiel ao seu propósito original: promover os sons tradicionais e os instrumentos populares de diferentes partes do mundo, numa celebração da riqueza musical de Portugal, da Europa e de África.

Ao longo das duas noites e duas tardes de programação, haverá espaço para sete concertos que oscilam entre o folk tradicional e a eletrofolk contemporâneo, que atravessa continentes e culturas.

O arranque está marcado para sexta-feira, 13 de junho, às 19h, com uma arruada dinamizada pelos alunos da Escola de Música Tradicional da Ponte Velha. Logo depois, às 21h30, sobem ao palco os franceses La Machine, que combinam sanfona e gaitas de fole com uma base rítmica tribal. 

Ainda nessa noite, destaque para os Naaljos Ljom, duo vindo da Noruega que funde música folclórica com eletrónica. A fechar a noite, Fidju Kitxora traz uma viagem musical entre Lisboa e Cabo Verde, misturando semba, kuduro, funaná e afro-house. Para os mais resistentes, a noite continua no Carpe Diem com um DJ set de Ricardo Coelho.

O sábado, dia 14, começa com a atuação da Banderinha Panafrikanista, um coletivo de mulheres cabo-verdianas que usa a arte como forma de resistência e união. Mais tarde, o palco recebe Momi Maiga, jovem músico senegalês conhecido pela sua mestria na kora e pelo seu estilo que mistura jazz, flamenco e música clássica. 

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A noite segue com o italiano Davide Ambrogio, que apresenta um espetáculo centrado na voz, apoiado por diversos instrumentos tradicionais e modernos. 

O encerramento da segunda noite cabe a OMIRI, projeto que reinventa a música tradicional portuguesa com elementos da cultura urbana. Já fora do recinto, a animação continua com uma foliada conduzida pela Associação Amigos do Sanguinhedo.

O último dia do evento, domingo, 15 de junho, abre espaço ao grupo galego Xistra de Coruxo, com um repertório dedicado à preservação e renovação das tradições musicais da Galiza e do norte de Portugal.

Paralelamente aos concertos, decorre uma feira de construtores de instrumentos e várias oficinas interativas. Gaita de foles, sanfona, batuku e caixa de guerra são alguns dos instrumentos que os participantes poderão experimentar. Haverá também sessões dedicadas à construção de cabeçudos e à dança dos pauliteiros, bem como uma performance da artista Marta Costa, intitulada “Aceitas?”. Todas as oficinas são de participação livre, sem necessidade de inscrição prévia.

O Palheta Bendita volta assim a afirmar-se como um espaço onde a música se entrelaça com a natureza e o conhecimento, promovendo o encontro entre culturas e gerações.

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