O Centro Interpretativo do Património da Afurada (CIPA) foi recentemente distinguido com o Selo de Museu de Território, um reconhecimento atribuído pela CCDR-NORTE (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte), como publicado pela Câmara de Gaia.
Com esta distinção, o espaço passa a integrar oficialmente a Rede Regional de Museus da Região Norte, reforçando a sua importância na preservação da memória e identidade locais.
Esta iniciativa insere-se no Plano de Ação Regional para a Cultura Norte 2030, que visa valorizar museus representativos do património cultural e da identidade das comunidades onde se inserem. Ao fazer parte desta rede, o CIPA fortalece a sua missão de salvaguardar e dinamizar o património material e imaterial da região.
Um espaço de memória e identidade piscatória
Localizado no coração da Afurada, em Vila Nova de Gaia, o CIPA foi inaugurado em 2013 e assume-se como um espaço dedicado à história e cultura da comunidade piscatória local. O seu espólio reúne objetos históricos, documentos e testemunhos orais que contam a relação indissociável entre os pescadores da Afurada e o rio Douro e o mar, elementos fundamentais na construção da identidade da região.
Este museu distingue-se pela forte ligação à comunidade, uma vez que grande parte das peças expostas foram doações de habitantes locais. Entre os elementos mais simbólicos, encontram-se barcos em miniatura, meticulosamente construídos por antigos pescadores, que evidenciam o saber-fazer tradicional transmitido ao longo de gerações.
Além disso, os testemunhos recolhidos transportam o visitante para histórias de outros tempos, como a dura vida dos pescadores do bacalhau nos mares do Norte ou o pregão das varinas na venda de peixe pelas ruas.
Compromisso com a identidade e a comunidade
Ao ser reconhecido como Museu de Território, o CIPA reafirma o seu papel como um espaço vivo e dinâmico, promovendo atividades culturais que envolvem a população e fortalecem a ligação ao património. Através de abordagens participativas, procura valorizar a identidade local, incentivando a comunidade a ser parte ativa na preservação das suas tradições.
Este selo não é apenas um reconhecimento do passado, mas também um incentivo para continuar a celebrar e transmitir o legado da Afurada às futuras gerações.
