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Novo espaço cultural da Livraria Lello será projetado por Álvaro Siza

Novo espaço cultural da Livraria Lello será projetado por Álvaro Siza

O arquiteto português e Prémio Pritzker Álvaro Siza Vieira é o autor do projeto de requalificação do número 148 da Rua das Carmelitas. O edifício, contíguo à Livraria Lello, será dedicado à cultura, anunciou o emblemático espaço da cidade do Porto que celebra esta quarta-feira, 13 de janeiro, o 115º aniversário.

“Álvaro Siza Vieira, um dos maiores arquitetos portugueses de todos os tempos e um dos mais premiados internacionalmente, vencedor do Prémio Pritzker, aceitou o convite para assinar o projeto de requalificação do número 148 da Rua das Carmelitas, trazendo até à Livraria Lello o trabalho já em curso com a família Pedro Pinto noutros ícones do património da cidade e da região”, avançou à Lusa fonte oficial.

Para Aurora Pedro Pinto, presidente do Conselho de Administração da Livraria Lello, o projeto de requalificação do número 148 da Rua das Carmelitas no Porto, e contíguo ao edifício da Livraria Lello, é “a realização” de um sonho que significa um “investimento não só na Livraria Lello, mas também na cidade”.

O novo projeto de Siza Vieira vai ser “um edifício com alma própria”, “dedicado à cultura” e com “diferentes valências, contribuindo para aumentar a oferta cultural e turística da cidade”.

“Com a criação de um novo espaço dedicado à cultura, a Livraria Lello pretende oferecer uma experiência mais qualificada a leitores e visitantes, aumentar a oferta cultural, partindo do livro, tendo alma e um programa próprios, e que, paralelamente, por passar a estar ligado à Livraria Lello, facilite a circulação de pessoas no interior do número 144 da Rua das Carmelitas”, acrescentou fonte oficial da Livraria Lello.

No âmbito do 115º aniversário do edifício onde está hoje a Livraria Lello e cuja inauguração remonta a 13 de janeiro de 1906, a Livraria anunciou ainda ter adquirido o espólio da centenária Coimbra Editora e Gráfica Coimbra, que fechou portas em 2020, exatamente no ano em que completava 100 anos de existência.

“Entre o espólio da Coimbra Editora e da Gráfica Coimbra (…) encontram-se primeiras edições de obras de Miguel Torga, bem como publicações de Marcelo Caetano e de António de Oliveira Salazar e obras de Vergílio Ferreira e Eugénio de Andrade. A aquisição destes livros insere-se num projeto mais vasto que a Livraria Lello tem vindo a desenvolver, no sentido de preservar o património livreiro”, adianta.

O atual edifício da Livraria Lello, no número 144 da Rua das Carmelitas, projetado por Francisco Xavier Esteves, foi inaugurado a 13 de janeiro de 1906, pelos irmãos Lello.

A inauguração contou com a presença de figuras de relevo na época, entre os quais o escritor Guerra Junqueiro, o diretor de O Comércio, Bento Carqueja, o escritor Júlio Brandão e Aurélio Paz dos Reis, precursor do cinema em Portugal.

Em 1919, a até então Livraria Chardron é alterada para Livraria Lello & Irmão, Lda e ainda hoje, na fachada da Livraria Lello continua a figurar o nome “Chardron”, em homenagem ao responsável pelo seu espólio.

Entre 1920-1950, a Livraria Lello é uma das principais responsáveis pela exportação e importação de literatura, em Portugal, conta a Lusa, citada pelo Sapo.

Em 2008, a Livraria Lello foi considerada pelo jornal The Guardian como uma das mais belas do mundo, e, em 2011, a editora de guias de viagens Lonely Planet refere que aquele espaço dedicado aos livros estava entre as melhores livrarias do mundo e que era “uma pérola de arte nova”.

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