Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, disse esta segunda-feira que a decisão sobre se a nova travessia sobre o rio Douro terá um ou dois tabuleiros será tomada “até ao final do ano”.
Em declarações aos jornalistas o autarca reconheceu que existem argumentos que apontam para uma solução com dois tabuleiros, sendo a cota baixa reservado à circulação rodoviária e a cota alta para a alta velocidade.
Recorde-se que em causa está o facto de ponte a construir para o projeto de alta velocidade ocupar ou não o local para o qual foi idealizada, pelas câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia. A nova ponte, e travessia sobre o rio Douro, seria intitulada D. António Francisco dos Santos, em homenagem ao antigo bispo do Porto, um nome que Eduardo Vítor Rodrigues garante que se manterá seja qual for a decisão final.
“A IP [Infraestruturas de Portugal] concordará com a solução que definirmos e se a ponte tiver dois tabuleiros assume o valor. A homenagem e o nome mantêm-se. Não interessa por quem é feita. Interessa que sirva a comunidade”, afirmou o presidente da Câmara de Gaia.
A 28 de setembro, a IP avançou que a construção de uma única nova ponte rodoviária e ferroviária sobre o rio Douro é uma solução cuja “viabilidade técnica” está “comprovada”, mas salvaguardou que a decisão caberia aos autarcas e à tutela.
A 13 de maio de 2021 foi revelado que a nova ponte rodoviária sobre o rio Douro custaria 36,9 milhões de euros, incluindo acessos, e ficaria pronta em 2025. O custo, cerca de 30 milhões, seria pago a meias pelas autarquias, cabendo a cada uma somar o valor dos acessos no seu território.