
Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, defendeu, esta segunda-feira, uma dupla utilização – rodoviária e ferroviária – para a nova ponte no rio Douro. O autarca considera que para o projeto que deverá ser apresentado pelo governo, na próxima quarta-feira, no Porto, “faz mais sentido” que “a nova ponte culmine numa dupla utilização”.
Citado pelo portal de notícias do município, Rui Moreira mostra-se expectante relativamente ao que “vai ser apresentado esta quarta-feira”.
“O primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas vêm cá [ao Porto]. Vamos ver se, de facto, houver a possibilidade de construir uma ponte de dupla utilização provavelmente faz mais sentido para o interesse público”, reforçou.
O JN revelou também que António Costa e Pedro Nuno Santos vão apresentar, na estação de Campanhã, a nova linha de alta velocidade (TGV) entre o Porto e Lisboa, mas “a proposta da Infraestruturas de Portugal ainda não chegou à Câmara do Porto”, adiantou o presidente da autarquia.
Contudo, indicou que “numa reunião com o ministro Pedro Nuno Santos, o secretário de Estado e as câmaras do Porto e Gaia, fomos avisados de que estava a ser pensado um percurso diferente à solução inicialmente proposta para a ponte de alta velocidade”.
“Do lado do Porto não há grande alteração porque vai manter-se o percurso por Campanhã. Uma ponte de dupla utilização faz mais sentido, em termos de interesse público. A população não compreenderia que fossem feitas duas estruturas autónomas”, disse Rui Moreira.
O presidente da Câmara frisou ainda, quanto ao eventual investimento, caso o governo avance para uma ponte com dupla utilização, “Porto e Gaia não vão, com certeza, construir a ponte ferroviária”.