
Os municípios do Porto e de Vila Nova de Gaia terão, em breve, as suas margens ligadas por uma nova ponte. Trata-se da ponte D. António Francisco dos Santos, assim designada em homenagem ao falecido Bispo da Diocese do Porto, e que se deverá tornar realidade em 2025, depois de dois anos de construção.
Com uma extensão total aproximada de 625 metros, 300 dos quais sobre o leito do rio Douro e 325 sobre terrenos gaienses, a ponte ficará situada a montante da Ponte de São João e a jusante da Ponte do Freixo. A travessia terá ligação, a Norte, à Avenida Paiva Couceiro, na marginal ribeirinha do Porto, e, a sul, à rotunda Gil Eanes, na zona de Quebrantões, em Vila Nova de Gaia.
Na cidade do Porto, como foi anunciado, está prevista a “construção de uma rotunda sobrelevada à atual Avenida Paiva Couceiro, interligada a esta através de dois ramos de ligação em viaduto”, lê-se no portal da empresa municipal GO Porto, responsável pela gestão do concurso, lançado a 25 de junho. Pretende-se, contudo, “que a continuidade da avenida se mantenha, reservando a atual marginal, sob a rotunda, para usufruto pedonal e dos meios suaves”.
Por sua vez, em Vila Nova de Gaia, o acesso à ponte D. António Francisco dos Santos será realizado “através da construção de uma rotunda e de um novo arruamento com aproximadamente 590 metros de extensão, que por sua vez ligará à rotunda Gil Eanes”. O novo arruamento, segundo detalha, será composto por duas faixas de rodagem, com duas vias de circulação cada, separador central, passeios, ciclovias e estacionamentos.
A nova infraestrutura, cujo valor total estimado é de 38,5 milhões, a assegurar integralmente pelos dois municípios, contará com “duas faixas de rodagem, com duas vias de circulação cada, um separador central e passeios e ciclovias unidirecionais de ambos os lados”. Permitirá a circulação de “automóveis, transportes coletivos e meios suaves”.
O município de Vila Nova de Gaia ficará responsável pelo pagamento de 21 milhões de euros, valor que inclui metade do valor do tabuleiro sobre o rio, ligações rodoviárias e construção em área seca. Por sua vez, a Câmara Municipal do Porto assegurará o pagamento do mesmo valor relativo ao tabuleiro e seis milhões em acessos.
O custo inicialmente previsto, aquando do anúncio da nova travessia, recorde-se, era de 12 milhões de euros.