
A estreia mundial da nova curta-metragem do cineasta portuense, que continua a filmar aos 105 anos, acontecerá no Festival Internacional de Cinema de Veneza, que decorrerá de 27 de agosto a 6 de setembro, e será apresentada na seleção oficial, fora de competição.
De acordo com a sinopse, “O Velho do Restelo””é um mergulho livre e sem esperança na História tal qual como a conhecemos, como um sedimento fértil, na memória de Manoel de Oliveira”.
O cineasta reúne num banco de jardim do século XXI, vários personagens e escritores históricos: Dom Quixote, o poeta Luís Vaz de Camões, o poeta Teixeira de Pascoaes e o romancista Camilo Castelo Branco.
“Juntos, levados pelos movimentos telúricos do pensamento, eles deambulam entre o passado e o presente, derrotas e glórias, vacuidade e alienação, em busca da inacessível estrela”, acrescenta o texto sobre o filme.
O filme tem como atores Luís Miguel Cintra (Camões), Ricardo Trepa (Dom Quixote), Diogo Dória (Teixeira de Pascoaes) e Mário Barroso (Camilo Castelo Branco). Fazem parte da equipa técnica Renato Berta na fotografia, Henri Maïkoff no som, Christian Marti na decoração, Adelaide Trêpa no guarda-roupa e Valérie Loiseleux na montagem. O filme é uma produção da O Som e a Fúria em coprodução com a distribuidora Francesa Epicentre Films.
“A produção deste filme só foi possível através do patrocínio do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, que reconheceu o mérito cultural deste projeto de Manoel de Oliveira, e, pelas mesmas razões, através do patrocínio da ministra da Cultura e Comunicação de França, Aurélie Filippetti”, refere o comunicado da produtora O Som e a Fúria. O filme contou ainda com o apoio da Câmara Municipal do Porto e da Universidade Católica do Porto.