
O serviço privado de transportes coletivos de Matosinhos será assegurado, a partir de 1 de janeiro de 2019, pela Maré, operador que reforçará o serviço com mais 30 motoristas e novos autocarros.
A partir de 1 de janeiro, a Maré assegurará o novo serviço de transportes do concelho de Matosinhos, atualmente a cargo da Resende, que não reúne condições para renovar a concessão de transporte regular de passageiros naquele concelho, que termina no final deste ano.
Segundo avança o jornal Público, o novo operador assumirá as 22 linhas, atualmente entregues à empresa matosinhense, que detém a concessão de 60% das carreiras de transporte de passageiros no concelho, com ligações ao Porto, Maia, Gondomar e Valongo.
A autarquia matosinhense considera que o serviço ainda em funcionamento não apresenta os níveis de qualidade e de segurança exigidos. Esta foi a solução encontrada pela Câmara, após ter garantido o aval do Conselho Metropolitano do Porto para que a licença deste operador não fosse renovada. De referir que esta constatação foi confirmada por uma peritagem a cargo da TIS – Consultores em Transportes Inovação e Sistemas, empresa contratada pela câmara para realizar uma avaliação integral da operação.
De acordo com a autarquia, além da nova imagem – com uma paleta de cores predominante azul, com apontamentos de amarelo, as mesmas cores usadas pela Resende -, o novo operador reforçará o serviço com mais 30 motoristas, de forma a ultrapassar os repetidos incumprimentos dos horários estipulados para as linhas. Atualmente, a Resende conta com cerca de duas centenas, que transitarão para a Maré.
A nova sociedade, designada ViaMove (detida em 51% pelo Grupo Barraqueiro e em 49% pela Resende), adquiriu ainda 10 novos autocarros, que se juntar-se-ão aos cerca de 70 autocarros detidos pela Resende. No entanto, o vereador da Mobilidade da autarquia, José Pedro Rodrigues, explicou aquele diário que parte deles, os que não reunirem condições para circular, deixarão de fazer parte da frota. A nova empresa funcionará nas instalações da empresa matosinhense.
O serviço continuará a estar integrado na rede Andante e no passe monomodal. De modo a fornecer melhor informação junto dos utentes, será criada uma aplicação onde poderão ser consultados os tempos de espera e os horários.
Prevê-se ainda a criação de uma nova linha que ligará a Lionesa, em Leça do Balio, à Trindade, no Porto, de forma a colmatar a inexistência de qualquer alternativa de transporte coletivo de passageiros nesta zona.
Esta solução – que ainda tem que passar pela Área Metropolitana, entidade competente para tomar a decisão formalmente – passará por um período experimental de três meses. Durante esse período, serão ajustados os horários e serão integrados os novos motoristas e camionetas.