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Nova Diretora da Faculdade de Belas Artes quer abrir coleção ao país

Nova Diretora da Faculdade de Belas Artes quer abrir coleção ao país

A nova diretora da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) quer sedimentar a ligação entre a instituição e a cidade, abrindo as portas da coleção de arte da escola, depois de serem criadas as infraestruturas necessárias.

Um mês depois da tomada de posse como diretora da FBAUP, Lúcia Almeida Matos, a primeira mulher a assumir este cargo, numa entrevista à Lusa, fez questão de salientar a ligação que as Belas Artes e o Porto sempre tiveram. Essa ligação era visível não só com os ateliês de alunos e professores na zona do Bonfim como também com a presença constante dos alunos nas ruas da cidade a executar os seus trabalhos.

“O que me parece é que [essa relação] pode ser potenciada. A cidade está cheia de sinais do trabalho aqui feito em termos de obra pública, quer de escultura quer de mosaicos, azulejos, pintura ou arquitetura, que até há bem pouco tempo também saía daqui. Falta essa identificação. Penso que algum trabalho será interessante fazer no sentido de informar as pessoas. Quando olham para o monumento da Boavista, olham para trabalho desenvolvido aqui dentro. Ou para São Bento”, disse Lúcia Almeida Matos.

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Quanto às infraestruturas necessárias, a diretora da FBAUP conta que as obras de reabilitação de um dos edifícios fiquem prontas até ao final deste ano, embora não acredite que fique tudo concluído até ao final do seu mandato naquela instituição.

Contudo, apesar de ainda não haver previsões certas para o arranque dos novos edifícios, a professora que já leciona naquela faculdade há mais de 30 anos gostaria de ver a ligação com a cidade do Porto mais reforçada. “Creio que seria mais interessante uma ação concertada, por exemplo, com a construção dos novos edifícios. Parte será – isso está identificado embora não saibamos como – para a coleção de arte da faculdade. A coleção de arte da faculdade é muito particular, muito peculiar, com características muito próprias, que não tem nada a ver com as coleções de arte dos museus, porque é uma coleção orientada para o trabalho que se faz aqui, que é um trabalho pedagógico e de ensino e de aprendizagem” explicou.

A melhoria das infraestruturas da faculdade permitirá um renovado acesso à coleção que inclui, segundo uma dissertação de mestrado de 2008 orientada pela agora diretora, trabalhos de Domingos Sequeira, Francesco Sabatelli, Jan Van Der Vaart, Henrique Pousão, António Carneiro, Júlio Resende ou José Rodrigues, para além de um desenho de Leonardo Da Vinci.

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