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PD - Revista Sabe Bem

“Neste verão não dê férias à sua medicação”

“Neste verão não dê férias à sua medicação”

O alerta é da Respira (Associação Portuguesa de Pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e Outras Doenças Respiratórias Crónicas), da Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) e da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) que se juntam numa campanha de sensibilização, intitulada “Neste verão não dê férias à sua medicação”, que pretende chamar a atenção para a importância dos doentes respiratórios não abandonarem a medicação durante os meses de verão, advertindo para as consequência que daí podem surgir.

De acordo com alguns estudos, citados em comunicado enviado à VIVA!, 50% dos medicamentos para as doenças crónicas não são tomados como prescritos pelo profissional de saúde, variando a taxa de adesão à terapêutica entre 22% e 78% no que refere a doentes asmáticos ou com doença pulmonar obstrutiva crónica. Além destes números, existe “um padrão relativamente às exacerbações da asma com um pico mais acentuado no mês de setembro”.

As taxas de adesão à terapêutica, apontam os investigadores, são mais baixas nos meses de verão, aumentando no outono e permanecendo altas durante os meses de inverno até à primavera.

Segundo explica Isabel Saraiva, presidente da Respira, é norma surgir algum cansaço por parte dos doentes no cumprimento diário de uma terapêutica e que o verão e as férias conduzam a uma atitude de maior esquecimento. “No entanto, sabemos que este tipo de comportamento conduz a situações de risco e por isso torna-se tão urgente alertar todos os doentes respiratórios para a importância de cumprir a terapêutica 365 dias por ano”, salienta.

Por sua vez, Mário Morais de Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos, salienta assinala que “estas campanhas são fundamentais para consciencializar os doentes para a importância de manter um tratamento sem interrupções”, pelo que “as férias não devem ser um motivo para abdicar da terapêutica”. Afinal, como destaca, as consequências do abandono da medicação acabam por surgir a curto prazo, assistindo-se a uma diminuição da qualidade de vida dos doentes, algo que poder ser “evitado com disciplina e responsabilidade”.

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 “Abandonar a terapêutica leva à exacerbação de novas crises, que não se sentem no imediato, mas que podem ter uma relação direta com este abandono no futuro. Este ano, com a presença da covid-19, esta situação torna-se ainda mais grave, na medida em que os doentes respiratórios, que já são um grupo de risco, podem ver o seu estado de saúde agravar-se”, revela António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

A campanha “Neste verão não dê férias à sua medicação” decorre até ao dia 15 de setembro, com a disponibilização de diverso material informativo que alerta para esta problemática, nomeadamente com dicas de verão para pessoas com doença respiratória.

Em casa, devem ser evitados hábitos tabágicos, deve privilegiar-se uma alimentação equilibrada, ingerir água e evitar bebidas alcoólicas. Além disso, manter a atividade física, a casa fresca e arejada, tendo cuidados redobrados com a utilização de ventoinhas e outros equipamentos semelhantes, e manter a medicação bem conservada são ainda outras recomendações que devem ser seguidas pelas pessoas com doença respiratória.

Já se sair de casa, saiba que deve preparar uma mala com os bens essenciais, consultar as previsões do tempo e níveis de pólen no ar, dar preferência a roupas frescas e leves, proteger-se da exposição solar e aplicar protetor solar e, claro, manter uma lista atualizada dos medicamentos e um número de contacto em caso de emergência.

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