“Apesar da austeridade, famílias em risco de pobreza, grande desemprego, vale a pena sublinhar que se mantém a coesão nacional, que não há desestruturação social no nosso país”, salientou, numa entrevista ao programa “Prós e Contras” da RTP.
Para o chefe de Estado, não existe fragmentação social e o povo português tem manifestado um “grande sentido de responsabilidade”. Ainda assim, notou, “é fundamental que os sacrifícios sejam melhor distribuídos”. Ao longo da entrevista, Cavaco Silva referiu ainda que, se o país tiver de voltar a negociar a dívida é porque “as coisas correram mal”. “Se Portugal tiver de renegociar a sua dívida é porque as coisas correram mal ao nosso país e então eu não tenho dúvidas que nós passaremos dias piores do que aqueles que estamos a passar neste momento”, reconheceu. O Presidente da República voltou também a insistir na necessidade de se encontrarem “formas mais fáceis e mais baratas de financiar em particular as pequenas e médias empresas”, defendendo que o Banco Central Europeu devia fazer algo mais para que o crédito fosse concedido em condições mais favoráveis.
Terça-feira 11 Junho, 2013