O Museu da Farmácia do Porto adquiriu uma farmácia islâmica do século XIX que, segundo adiantou o diretor do espaço museológico, João Neto, é “única” no mundo. A pequena sala, que fazia parte do Palácio de Damasco, na Síria, é “ricamente” decorada com elementos ligados aos hospitais e universidades da área da saúde e será inaugurada esta sexta-feira.
“Trazer para cá esta farmácia é uma justa homenagem à cultura islâmica. Além disso, o conceito de farmácia moderna surgiu no Islão, em Bagdad, no século oitavo. Não podemos ainda esquecer que as palavras almofariz, alambique ou química vêm do mundo árabe que promoveu a descoberta dos medicamentos no combate às doenças”, recordou o responsável. O museu já tinha peças islâmicas como almofarizes, potes, farmacopeias antigas ou livros, sendo que a farmácia virá, agora, “enriquecer” o espólio. João Neto relembrou ainda que o Museu da Farmácia do Porto tem também a única farmácia chinesa existente na Europa, assim como a única farmácia portuguesa do século XVIII, entre as 17 mil peças que contam os 500 milhões de anos da história da luta do homem na cura da doença e alívio da dor.
