“Sinal Respiratório” e “Gabinete Atmosférico” são as novas propostas do recém-fundado Museu da Cidade do Porto, que abarca 16 estações museológicas dispersas pela Invicta e que se encontra de portas fechadas devido à pandemia da Covid-19.
Embora “fechado na sua concha”, o Museu da Cidade continuou permanentemente ativo, regressando agora de outra forma.
“Sinal Respiratório”, uma das duas plataformas disponíveis no novo website do Museu, é composta por textos, sons, imagens, que a equipa de programação do Museu da Cidade foi recolhendo durante este tempo de reclusão e de reflexão.
Já o “Gabinete Atmosférico” convida à participação da comunidade, “abrindo um discurso partilhado de certezas e inquietações sobre o museu que queremos para a cidade”, explica o museu.
Fundado no passado mês de fevereiro, o Museu da Cidade tem a natureza como primeiro tema-âncora.
Entre fevereiro e março, o Museu da Cidade inaugurou três novos espaços expositivos, encontrando-se a preparar a abertura compassada das restantes estações. O Gabinete do Desenho da Casa Guerra Junqueiro acolheu a linguagem da natureza nos desenhos e gravuras de Ilda David’, em “Por trás das árvores há um outro mundo”.
No âmbito do programa comemorativo dos duzentos anos da Revolução Liberal, abriu no Gabinete do Tempo da Casa do Infante a exposição “1820 – Revolução Liberal do Porto”, a partir da qual se prepara agora um livro com investigação do especialista José Manuel Lopes Cordeiro.
Já a Biblioteca Sonora apresentou “Livros são árvores, bibliotecas são florestas”, o primeiro momento do ciclo do batizado Gabinete do Som, “lugar privilegiado para olhar e ouvir as palavras e os sons”.
De acordo com a Câmara do Porto, o Museu da Cidade prolongará as datas das exposições já inauguradas, a partir de uma nova agenda programática, reabrindo assim que as regras de saúde pública o permitam.