O vereador da Habitação da Câmara do Porto, Manuel Pizarro, informou esta terça-feira, durante a reunião pública do executivo, que o município está a preparar um programa de intervenção nas ilhas privadas da cidade, financiado por fundos comunitários. O responsável respondia, assim, a algumas questões colocadas pelo vereador da CDU, Pedro Carvalho.
Em relação ao estudo realizado recentemente sobre este tipo de habitação operária típica do Porto no século XIX, Pizarro recordou que foram identificadas “40 situações de especial gravidade”, adiantando que, nesses casos, “a Câmara está a intervir diretamente”. O concurso para a recuperação da Bela Vista já foi lançado e já começaram a ser efetuadas “pequenas intervenções” para que os moradores possam mudar de cada, dentro da ilha, antes de avançarem as obras de maior dimensão. Quase a arrancar estão também os trabalhos na ilha do Cortes, na travessa de Requesende, segundo referiu.
Durante a sessão camarária, Pizarro ressalvou igualmente que “todo o dinheiro das rendas” dos bairros municipais, recebido pela empresa municipal Domus Social, “é esgotado nos bairros”. “A Domus fatura 9,2 milhões de euros e recebe 8,7 milhões de rendas. Todo o dinheiro das rendas é esgotado nos bairros. A empresa não tem lucro”, referiu. Ainda assim, sublinhou, a autarquia está a “trabalhar para conseguir que haja recursos para a manutenção preventiva”.