A Mota Engil é o novo parceiro privado do Fundo Imobiliário criado para demolir o bairro do Aleixo, no Porto, assegurando “o reforço de capital considerado crucial à viabilização” do negócio suspenso há cerca de dois anos, apesar da demolição, em 2011 e 2013, de duas das cinco torres do bairro situado na zona de Lordelo do Ouro.
O Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEII) foi constituído em 2010 e alterado em 2012, tendo como acionista maioritário António Oliveira (o empresário detém, desde 2012, 36,8% do capital do fundo). Os outros acionistas são a autarquia, que não pode ultrapassar os 30% do capital e duas empresas do Grupo Espírito Santo (GES), com 33% do fundo.
Para o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, este é um “passo fundamental para salvar o fundo”, em risco de dissolução por estar no limite do capital máximo admitido (cinco milhões de euros), e para finalizar o processo habitacional iniciado pelo anterior executivo gerido pela coligação PSD/CDS e presidido por Rui Rio.
“As condições exatas da entrada do novo investidor, bem como os necessários procedimentos contratuais, formais e legais estão a ser trabalhados pelas partes, devendo o processo concluir-se dentro de 30 dias”, refere o comunicado do fundo, emitido após a realização, esta quinta-feira, da Assembleia Geral.
“O reforço de capital [com a entrada da Mota Engil] permitirá ao fundo cumprir as contrapartidas acordadas com a autarquia, ficando assegurada a resolução do problema social e habitacional dos inquilinos do Bairro do Aleixo e defendido o interesse público”, conclui o documento.
Quinta-feira 26 Fevereiro, 2015
Mota-Engil é o novo parceiro do fundo do bairro do Aleixo
“Com a entrada do novo parceiro da Invesurb, fica afastada a hipótese de dissolução do fundo com todas as potenciais consequências negativas que daí poderiam resultar para investidores, para o Município [do Porto] e para os atuais inquilinos municipais do Bairro do Aleixo”, anunciou hoje o fundo.