Rui Moreira falava assim aos jornalistas no final da reunião privada de hoje do executivo, na qual disponibilizou aos vereadores o texto integral do relatório elaborado no âmbito de uma auditoria ao Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (INVESURB).
Apesar de não ter dado qualquer informação acerca do futuro do bairro, o autarca assinalou que o relatório final sobre o fundo do Aleixo “é um instrumento fundamental para futura tomada de decisões”.
O relatório preliminar, divulgado há cerca de duas semanas pelo jornal Público, apontava para a necessidade da adenda ao contrato original da operação do Aleixo ter sido enviada para fiscalização prévia para o Tribunal de Contas, o que o executivo liderado por Rui Rio não fez.
Para Rui Moreira, a honorabilidade e seriedade de Rui Rio “são indisputadas, mesmo por aqueles que politicamente o não acompanham”, e “foram construídas e sedimentadas ao longo de toda a sua vida pública”.
“Não ignoro, aliás, que alguns tentaram aproveitar esta circunstância para se lançarem em especulações políticas, deixando no ar que estaria em causa A ou B, ou isto, ou aquilo. Sabendo-o, não compactuo nem compactuarei com práticas desta natureza, não as alimento e são-me, no limite, indiferentes”, afirmou.
A decisão de promover “um relatório sobre o dito ‘Fundo do Aleixo’ dá sequência às mesmas boas práticas e metodologias que em anteriores mandatos foram aplicadas rotineiramente noutros dossiers, também complexos, pela mesma estrutura da Camara”, declarou.
Rui Moreira aguarda agora o agendamento da Assembleia Municipal para análise do relatório, “não havendo motivo para, até lá, prestar sobre o assunto qualquer declaração adicional sobre o referido relatório”.
“O que me interessa não é o passado, é o presente e é, principalmente, o futuro”, assegurou.
O presidente da autarquia voltou a justificar o pedido da elaboração desta auditoria com a posição do atual executivo, quando iniciou funções, de decidir “inteirar-se de todas as variáveis do assunto e, nomeadamente, das condições em que o contrato público estabelecido entre a Câmara e a INVESURB estava a ser cumprido”.