O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta segunda-feira que o concelho vai ter um “inverno orçamental pesado nos anos que se seguem” devido a cortes orçamentais. Além disso, sublinhou que, de acordo com os auditores externos contratados pelo Conselho Metropolitano do Porto, a região (os 17 municípios) não terá mais do que 40 milhões de euros de fundos comunitários.
“Isto representará para o município do Porto, no melhor cenário, qualquer coisa como 12 milhões de euros”, referiu, salvaguardando que a verba exclui as dos “programas temáticos” do novo quadro comunitário, conhecido por Portugal 2020. Durante a Assembleia Municipal, o autarca independente abordou o desempenho financeiro municipal do primeiro trimestre do ano, durante o qual o concelho teve menos receita e mais despesa, tendo reduzido a sua dívida bancária. “Nos próximos anos teremos menos cobrança fiscal” e mais competências, constatou, pedindo aos partidos com representação na Assembleia da República que alguma coisa seja feita. “Estamos a olhar para um inverno orçamental pesado nos anos que se seguem”, concluiu, alertando que menos impostos, poucos fundos comunitários, água mais cara devido à reorganização do setor, mais competências e privatização dos transportes coletivos (STCP e Metro) podem levar a uma “situação muito perigosa” no Porto.