
As quatro dezenas de fotografias, selecionadas entre centenas, são da autoria do fotógrafo do Porto, Luís Ferreira Alves, e “testemunham o renascimento de um lugar e o regresso da arte de Nasoni”, afirmou o provedor da Santa Casa da Misericórdia, António Tavares.
A Igreja dos Clérigos, projetada pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni, esteve um ano em obras de remodelação, tendo reaberto ao público a 12 de dezembro de 2014 com museu, elevador, novos acessos e concertos de órgãos de tubos diários.
As obras tiveram um investimento total de 2,6 milhões de euros e puseram a descoberto uma cripta do século XVIII com mais de 20 sepulturas que estão a ser analisadas para descobrir se uma delas pertence a Nasoni.
De acordo com António Tavares, ter no Museu da Misericórdia uma exposição de Nicolau Nasoni é “muito importante” porque vai atrair mais pessoas. O responsável realçou ainda que “a mostra vai dar a conhecer a recuperação da Igreja dos Clérigos, a sua evolução, o porquê dessas obras e algumas das peças encontradas”.
O provedor salientou que os visitantes vão poder tomar “contacto direto com o testemunho de um lugar e o regresso ao esplendor da arte barroca de Nicolau Nasoni, cuja obra mais emblemática conhecida é a Igreja dos Clérigos”.
António Tavares explicou haver uma “ligação histórica e afetiva” entre o Porto, Nasoni e a Misericórdia, por isso acredita que esta exposição será mais um “atrativo e motivo de interesse” para a cidade.
O Museu da Misericórdia está ligado aos Clérigos e ao Palácio da Bolsa através de um bilhete único que, por 11 euros, permite a visita aos três espaços emblemáticos do Porto.