A Metro do Porto acaba de anunciar o lançamento do concurso público para a remodelação do términos Norte da Linha Amarela (D). A intervenção, que envolve a construção de um interface coberto na Estação Hospital de S. João e a criação de duas lojas Andante (uma no Hospital e outra no Pólo Universitário), vai permitir aumentar a capacidade na Linha para 16 veículos/hora.
Projetada pelo arquiteto Adalberto Dias, a intervenção representa um investimento de 3 milhões de euros, suportado pela Câmara Municipal do Porto e pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Acção Climática, no âmbito do PEES (Programa de Estabilização Económica e Social).
A renovação do pólo intermodal do Hospital de S. João tem um prazo de conclusão de seis meses.
O novo interface, para além de uma “verdadeira” Loja Andante e de uma cafetaria, disponibilizará melhores condições para a ligação entre a Linha Amarela e os autocarros da STCP, “num espaço coberto e confortável para os clientes, mas também para os trabalhadores dos diversos operadores de transportes que ali operam, substituindo instalações provisórias há muito aí instaladas”, salienta a Metro do Porto.
No Pólo Universitário, o projeto contempla uma nova Loja Andante, igualmente com cafetaria, na alameda situada entre os acessos à Estação de Metro e próximo à entrada principal do I3S.
Para além da significativa melhoria das condições de conforto e do incremento da intermodalidade na zona do Hospital e do Pólo da Asprela, esta obra permitirá “acelerar” a Linha Amarela, com “consequências relevantes” em toda a sua extensão.
A operação regular “poderá aumentar dos atuais 11 para uns futuros 16 veículos por hora e sentido. Este aumento de quase 50 por cento traduz-se numa melhoria directa das frequências de circulação ao longo do percurso que liga o Hospital de S. João a Santo Ovídio (e posteriormente, com a empreitada de prolongamento da linha, também a Vila d’Este)”, assinala a Metro do Porto.
Conhecida como “a linha das linhas”, já que representa mais de um terço da procura total da rede, o grande eixo Norte-Sul do Metro do Porto ganhará maior capacidade, para servir até cerca de 15 mil clientes/hora, e melhores frequências, podendo ir até intervalos de 3 minutos e meio entre veículos.
A Metro do Porto pretende que os trabalhos possam ter início ainda no segundo trimestre, “por forma a rentabilizar este período de menor procura e que decorre da pandemia e das restrições à circulação que estão de momento em vigor”. Por outro lado, explica a empresa, “o objetivo é fazer coincidir a disponibilização dos novos equipamentos com o arranque de um novo ano letivo no ensino superior, previsivelmente em outubro deste ano”.