“Estão criadas as condições para as obras da Linha Amarela irem para o terreno”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, depois de, na quinta-feira, a empresa ter assinado com o consórcio Ferrovial/ACA um contrato de 98,9 milhões de euros para a extensão da linha.
Em comunicado, a Metro do Porto explica que aguarda, agora, a obtenção do visto prévio por parte do Tribunal de Contas para que seja possível “iniciar as obras de prolongamento” da Linha Amarela, que liga Santo Ovídio a Vila d’Este. “Esta extensão vem acrescentar três quilómetros à Linha Amarela, reforçando a cobertura do Metro em Vila Nova de Gaia”, numa intervenção que se deve estender até ao final de 2023.
Nas palavras de Tiago Braga, estas são “boas notícias” para a Metro do Porto. “Começamos novembro com a assinatura do contrato da Linha Rosa e terminamos o mês com a celebração do contrato da Linha Amarela. São boas notícias, particularmente agora que podemos avançar para o prolongamento a Vila d’Este, onde o potencial de procura é imenso”, sustentou, citado na nota divulgada.
De acordo com o responsável, o desejo era que a expansão da rede fosse mais rápida. No entanto, garantiu que “a Metro do Porto faz questão de cumprir escrupulosamente todas as suas obrigações legais, processuais e ambientais e em total respeito pelo que é a função fiscalizadora das entidades públicas, como é o caso do Tribunal de Contas”.
A assinatura do contrato para o prolongamento da Linha Amarela, que havia sido adjudicada em julho, estava “pendente do levantamento dos efeitos suspensivos de ações interpostas por participantes no Concurso Público Internacional”. A empresa recorreu e o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto deu provimento à prenuncia, deixando, assim, de existir “qualquer impedimento ao avanço do processo, formalizando-se a adjudicação”.
Recorde-se que a construção da Linha Rosa e o prolongamento da Linha Amarela constituem, segundo a Metro do Porto, o maior investimento público atualmente em curso em Portugal, num investimento total de mais de 407 milhões de euros.
Além disso, a operadora de transportes tem ainda a decorrer um contrato de fornecimento de 18 composições de material circulante para a sua frota, no valor de 50 milhões de euros. “Os novos veículos, destinados a acompanhar a expansão da rede, serão entregues entre 2021 e 2023”, conclui o comunicado da Metro do Porto.