A Assembleia Geral da Metro do Porto reuniu esta manhã, tendo sido aprovadas as contas referentes ao exercício do ano de 2023, um período, recorde-se, marcado entre outros momentos pelo recorde de validações averbadas no Metro – mais de 79 milhões, que refletem um crescimento de 21,4% face a 2022.
Para Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, este número é demonstrativo do papel da empresa do ponto de vista comunitário.
“Os mais de 79 milhões de validações, correspondentes a um aumento de 21,4% face a 2022 e de 11 % face a 2019, o ano em que tinha sido registado o anterior máximo de passageiros, traduzem a importância da empresa enquanto elemento nuclear da estrutura de mobilidade da região, alimentando a ambição da estratégia Metro 3.0, que tem como máximo propósito alavancar a empresa de forma a ser capaz de servir em 2030 mais de 150 milhões de passageiros” – refere o responsável da empresa de transportes.
Além do aumento da procura, houve também uma melhoria na perceção qualitativa do serviço pelos utilizadores do Metro. A satisfação dos clientes atingiu 83,7 pontos, com destaque para a rapidez, pontualidade e cobertura da rede.
A produção quilométrica aumentou 3,3%, totalizando 8,6 milhões de quilómetros percorridos. A velocidade comercial média foi de 26 km/h e a taxa de ocupação cresceu 3,4 pontos percentuais, atingindo 22,3%.
Em termos financeiros, as receitas aumentaram 8%, totalizando 63,9 milhões de euros, enquanto os custos operacionais cresceram apenas 0,5%, atingindo 45,6 milhões de euros.
O EBITDA foi de 52,9 milhões de euros, um aumento de 72,3% em relação a 2022. A taxa de cobertura global alcançou 120,2%, um aumento de 6,7 pontos percentuais comparado com 2022.
O investimento na expansão da rede também foi significativo, com 212,7 milhões de euros executados, um aumento de 76% em relação a 2022, o maior valor da última década.
A maior parte desse investimento foi destinada à construção da Linha Rosa, à expansão da Linha Amarela, ao sistema metroBus e a expropriações para a futura Linha Rubi. Estes investimentos trouxeram benefícios ambientais e sociais estimados em 250 milhões de euros em 2023.
Foto: Metro do Porto