“Passados quatro anos, é importante revisitar as soluções que estavam a ser adotadas [para a 2.ª fase da expansão da rede do metro], rever até alguns critérios de projeto e a partir daí tentar otimizar custos, ver com algum detalhe as hipóteses que existem, eventualmente até reformular alguns dos traçados e dar-lhes uma nova configuração em função do que temos agora”, afirmou Jorge Delgado, à margem da sessão de apresentação da 3.ª edição do Move Porto, serviço que assegura, até 02 de outubro, o funcionamento noturno do metro em vésperas de feriados, sextas e sábados.
De acordo com o presidente da empresa, “há o compromisso de até ao final do 1.º semestre ter toda a informação trabalhada” para depois a analisar com os acionistas da empresa, no sentido de se estabelecer que linhas devem avançar.
Jorge Delgado disse querer ver avançar mais do que uma das quatro linhas em projeto desde 2011, afirmando, contudo, desconhecer ainda o montante exato que será disponibilizado para a expansão da rede, no âmbito dos 400 milhões de euros anunciados em maio pelo Governo para ampliação dos sistemas de metropolitano de Lisboa e do Porto.
Segundo o responsável, a ideia é “tentar otimizar soluções, reavaliar custos unitários para tentar chegar a números que permitam construir um conjunto de informação que possa servir de base, seja ao Estado seja aos municípios, para decidirem quais são as linhas a avançar”.
Quando questionado sobre as linhas que serão consideradas prioritárias, Jorge Delgado respondeu que “a decisão é sempre um equilíbrio entre várias razões”.
“Há a razão da lógica pura e dura, lógica do racional entre custos de operação/investimento e procura, e o racional do serviço público, [porque] nós não existimos apenas para funcionar em zonas rentáveis”, afirmoo.
Em causa está a construção de linhas que abrangem os concelhos do Porto, Matosinhos, Gaia e Gondomar, sendo que os autarcas da Maia e da Trofa reclamam também que a extensão até ao Muro (Trofa) seja abrangida pelo pacote financeiro anunciado no âmbito do Plano Nacional de Reformas.