
As obras no metro do Porto vão ser longas (estima-se por 30 meses), mas compensam. Elaborado pela empresa ARQPAIS e em discussão pública até 14 de dezembro, o Estudo de Impacte Ambiental, que se foca na construção da circular entre a Estação de S. Bento e a Casa da Música, alerta para os enormes contratempos que as obras irão criar àquela área da cidade. Porém, defende que, no final e em pleno funcionamento, os impactes “são positivos e significativos”, revela o Jornal de Notícias.
“Os impactes [negativos] mais significativos ocorrem na fase de construção, nas áreas de construção das estações que implicarão a interdição de áreas significativas”, revela a equipa técnica, que alerta para os vários problemas com os quais a população residente, mas também a que por ali irá passar, se deve preparar.
Da “degradação do ambiente visual, à perturbação com ruído, à produção de poeiras, à intensidade e perturbação do tráfego rodoviário, à fruição dos espaços públicos, como são a Praça da Liberdade e envolvente, o Jardim do Carregal, a Praça da Galiza e envolvente, e a Avenida de França”, são cenários a ter em conta desde já, lê-se no parecer de 586 páginas e anexos.
Refira-se que o desconforto com a obra pode aumentar dependendo do tipo de traçado que vier a ser escolhido, dos dois que foram analisados. Se a escolha cair na opção 1 – defendida como a que tem mais vantagens para a exploração, revela o diário – as desvantagens prendem-se com o facto de o traçado passar muito perto, e “a cerca de 20 metros de profundidade”, da “Igreja dos Clérigos e sob a Praça de Lisboa e edifício da Reitoria da Universidade do Porto”. A que se junta os poços de ventilação, um deles na Parada Leitão.
No entanto, ultrapassada a construção dos três quilómetros de linha, parte deles em túnel e com quatro estações, os impactes positivos são extremamente positivos, onde se inclui “a consolidação dos espaços urbanos na área de influência das estações”, além da “requalificação e revivificação socioeconómica da Baixa”.