“Não chega dar terras às pessoas para elas irem cultivar, embora as hortas urbanas sejam um fator interessante de desenvolvimento. Não é a partir daí que vamos repovoar a cidade”, sustentou, defendendo que o repovoamento exige “uma cidade chamativa”, nomeadamente “do ponto de vista social”.
Menezes propõe, assim, “um supra plano que se sobrepõe ao PDM, pegando no espaço público e dando-lhe um determinado tipo de coerência que promova o repovoamento da cidade”. O projeto, que contou com a colaboração do arquiteto Rui Massena, divide-se em “cinco grandes pólos”: Ambiente, Atlântico, Memória, Conhecimento/Saúde e Inovação. O primeiro ocupa a “zona norte ocidental” e o seu “núcleo central” é o Parque da Cidade. Depois, o pólo Atlântico abrange “uma parte significativa da frente fluvial da cidade”, junto à Foz, e a frente marítima. Por sua vez, a zona central integra dois pólos: o da Memória, que corresponde à zona histórica Porto” e à “cidade dos séculos XIX e XX”, e o do Conhecimento/Saúde, a norte, contemplando a zona onde estão concentrados diversos equipamentos de saúde e “uma parte central do pólo universitário do Porto”. O pólo Inovação engloba toda a zona oriental.
Em relação ao Bolhão, Menezes pretende criar “cerca de 500 lugares para comércio e serviços” e 250 lugares de estacionamento subterrâneo. O plano apresentado contempla também projetos específicos para as Fontainhas, os jardins do Palácio de Cristal e para uma “cidade residencial no centro histórico para estudantes estrangeiros que vivam no Porto”.
Quinta-feira 11 Abril, 2013