
Segundo o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), no início deste ano, os hospitais vão começar a receber os primeiros medicamentos derivados de plasma português resultante das dádivas de sangue que são colhidas em Portugal.
A medida insere-se numa estratégia do instituto de fazer “o máximo aproveitamento para o país das dádivas de sangue. “’É a conclusão da primeira fase do Plano Estratégico Nacional de Fracionamento do Plasma, com a utilização de 30 mil litros de plasma, colhidos na rede do IPST”, explicou João Paulo Almeida e Sousa.
“Trata-se do início de um longo caminho que durante largos anos, se trilhou e que, finalmente, foi possível concluir, depois do lançamento de um concurso de diálogo concorrencial, inédito no nosso país”, acrescentou.
O aproveitamento para a produção dos medicamentos derivados do plasma de maior consumo nacional, a albumina humana, imunoglobulina humana e fator VIII, representa cerca de dois milhões de euros neste primeiro lote.
De acordo com o presidente do IPST, este fornecimento de medicamentos derivados do plasma também representa “ganhos económicos”, com a redução da dependência de países estrangeiros e a diminuição da importação. Contudo, é também um “retorno importante que é, em termos morais e éticos”, respeitar “a dádiva benévola e altruísta e não remunerada dos portugueses”.