É em Portugal, mais concretamente em Matosinhos, que se encontra um dos maiores murais artísticos do mundo. Com cerca de três mil metros quadrados, a obra, da autoria do português Alexandre Farto aka Vhils e da dupla espanhola PichiAvo, encontra-se na fachada exterior do armazém automático do Super Bock Group, e juntou 19 artistas, alguns da zona do Porto, sob a coordenação do Vhils Studio e da plataforma cultural Underdogs.
Ao todo, foram necessários quatro mil litros de tinta para este mural, que demorou cerca de 17 dias a ser concretizado, “por vezes em condições de chuva e vento fortes”, revela Alexandre Farto, acrescentando que o projeto envolveu “formação em escalada e dois turnos de trabalho por dia, num total de 20 horas”
A junção dos artistas com o Super Bock Group começou com uma troca de e-mails, várias conversas, uma série de esboços e resultou num processo harmonioso que se mantém fiel à marca de ambos.
A dupla PichiAvo descreve “esta parede” como “uma mistura de dois estilos diferentes que têm muito em comum, um mural onde os humanos e os deuses estão no mesmo nível, dois universos que sempre fizeram parte da nossa história”. E, em termos de tamanho, acrescentam, a primeira coisa em que se pensa quando se vê é que é, de facto, “monumental”.
Por sua vez, a representação figurativa, que combina o património cervejeiro do Super Bock Group com mitologia grega, teve em conta o espectro cromático da Super Bock, bem como a história e as características da cerveja.
Na senda desta, nasceu, também, nos jardins da empresa a Super Bock Art Park, com peças dos artistas portugueses Add Fuel, André da Loba, André Saraiva, Robert Panda e Wasted Rita. E, este sábado, 22 de junho, entre as 9h30 e as 12h00 e as 14h30 e as 17h00, o público vai poder visitar todas estas obras, no Open Day promovido pelo Super Bock Group.