PUB
Galiza3

Matosinhos quer ser sede do Museu Nacional da Arquitetura

Matosinhos quer ser sede do Museu Nacional da Arquitetura

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR
“Se há uma cidade no país com a ousadia de encontrar um lugar onde deva ser feito o Museu Nacional da Arquitetura, é Matosinhos”, afirmou Guilherme Pinto.

O edifício da Real Companhia Vinícola foi adquirido pela Câmara de Matosinhos, por quatro milhões de euros, e, dentro de dois anos, a autarquia quer que este espaço, que tem uma área bruta de 4700 m2, se torne na Casa da Arquitetura e, a partir dela, num museu nacional dedicado a esta arte.
O anúncio foi feito ontem pelo presidente da autarquia local, Guilherme Pinto, no decurso de uma visita guiada às instalações daquela unidade fabril que, entre 1901 e 1930, foi a Real Companhia Vinícola, da sociedade Meneres & Cª., e após a assinatura de um protocolo entre a associação Casa da Arquitetura e a Ordem dos Arquitetos (OA).
“Se há uma cidade no país com a ousadia de encontrar um lugar onde deva ser feito o Museu Nacional da Arquitectura, é Matosinhos”, afirmou o autarca, invocando os nomes de Álvaro Siza, de Eduardo Souto de Moura e de muitos outros arquitetos com obra feita no concelho.
“A arquitetura é parte da identidade de Matosinhos”, acrescentou Guilherme Pinto, que se mostrou bastante satisfeito com o protocolo agora firmado entre a OA e a associação Casa da Arquitetura, que visa “estreitar as relações de cooperação e intercâmbio” entre as duas instituições e também iniciar um diálogo com vista à instituição de um Museu Nacional da Arquitetura.
O presidente da OA, João Santa-Rita, lamentou o facto de Portugal ser “um dos raros países da Europa que não tem uma instituição nacional para a arquitetura. Para este responsável, o protocolo agora assinado “não compromete a OA” com a defesa de Matosinhos como sede obrigatória dum futuro Museu Nacional da Arquitetura, mas abre caminho para um debate que venha a envolver as várias instituições que em diferentes lugares têm trabalho realizado, ou projetos, nessa área.
Guilherme Pinto voltou a lamentar a impossibilidade de se avançar com o projeto de Álvaro Siza para uma Casa da Arquitetura construída de raiz, junto ao porto de Leixões, mas os custos da obra – 43 milhões de euros – justificam esta decisão.
A instalação da Casa da Arquitetura na Real Vinícola não é, para o autarca, “o sonho perfeito, mas é um grande contributo” para o projeto de um museu nacional.
O arquiteto Nuno Sampaio, atual director executivo da associação Casa da Arquitectura, disse que a futura Casa da Arquitetura em Matosinhos irá contar com uma área de cerca de 2000 m2 para “recolher, tratar e expor publicamente os espólios dos arquitetos portugueses”.
O projeto de intervenção na antiga unidade fabril, da responsabilidade do arquiteto Guilherme Vaz, terá também espaços para ateliers, biblioteca e auditório. O edifício vai ainda acolher a Orquestra de Jazz de Matosinhos, vai ter uma praça ao ar livre para restauração e ainda lojas que serão concessionadas. De acordo com a autarquia, o investimento estimado para a empreitada ronda os 3.180 milhões de euros.

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR

PUB
Amanhecer