“O que vamos procurar fazer é, em conjunto com as câmaras vizinhas, tentar encontrar uma forma de voltar a pôr a funcionar a linha ferroviária para passageiros, sendo certo de que para que tenha sucesso é preciso fazer uma série de obras, essencialmente relacionadas com a construção de apeadeiros”, disse à Lusa o presidente de Matosinhos, Guilherme Pinto.
Em setembro de 2009 foi inaugurado o serviço ferroviário de passageiros da Linha de Leixões entre as estações de Ermesinde (Valongo) e Leça do Balio (Matosinhos), com duas paragens, que viria a encerrar em fevereiro de 2011.
Atualmente, a Linha de Leixões é usada para o transporte de mercadorias.
“A linha foi encerrada sem nunca se terem construído os apeadeiros necessários para que a linha tivesse tido mais afluência”, salientou o autarca.
Com a construção de estações, Guilherme Pinto acredita que o número de utentes aumentaria “exponencialmente” porque serviria mais pessoas e mais zonas.
“Esta linha é um excelente `bypass´ ao metro e em zonas que estão fortemente povoadas, criando assim alternativas de transporte”, considerou.
Guilherme Pinto disse ainda que “Matosinhos está disponível para arcar com o prejuízo resultante de um início sem grande afluência de público, mas para isso é preciso que todas as entidades envolvidas conversem para perceber como operacionalizar o assunto”.
Guilherme Pinto avançou estar a tentar agendar uma reunião com as câmaras abrangidas pela linha, tendo já contactado algumas delas e tido “boas reações” a esta intenção.
“A reunião ainda não tem data porque ainda não terminamos os contactos, mas queremos que de lá saia uma solução para propor ao atual Governo e perceber o que é necessário para a colocar ao serviço das pessoas”, concluiu o autarca.
