A autarquia de Matosinhos aprovou esta terça-feira – com um voto contra do PSD – uma moção pela anulação do processo de concessão da Metro do Porto e da STCP.
A proposta, que partiu do vereador comunista José Pedro Rodrigues, condena o Governo por um “escandaloso processo de ajuste direto a menos de um mês das eleições e em período de interrupção da Assembleia da República, querendo entregar a privados, em oito dias úteis, um dos melhores sistemas de transporte da Europa”. A iniciativa mereceu a aprovação de todo o executivo, liderado pelo independente Guilherme Pinto, registando apenas o voto contra do social-democrata Pedro da Vinha Costa.
Em análise durante a reunião pública do executivo esteve ainda a proposta de recomendação feita pelo vereador do PSD à câmara para que esta aproveitasse a possibilidade legal de redução do IMI pelo agregado familiar, considerando que inverter a tendência demográfica em Portugal devia ser “uma prioridade nacional” com “políticas amigas da família”. Em resposta, Guilherme Pinto lamentou a “prepotência da administração central” em querer determinar as referidas taxas, que são da responsabilidade do município, quando o Governo “teve o condão de inundar os portugueses de carga fiscal”. O presidente da autarquia afirmou também que só depois de a administração central avançar com os valores é que a medida poderá ser debatida.