A Câmara de Matosinhos assinou, na segunda-feira, um memorando de entendimento com a MatosinhosHabit e a Associação Plano i para a cedência de um espaço de autonomização para as vítimas de violência doméstica da comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgéneros e Intersexuais).
Em causa está a implementação do projeto-piloto “Plano 3C – Casa Com Cor”, que pretende criar, em Matosinhos, um espaço específico para que as vítimas possam “preparar a sua integração na sociedade e reconstruir as suas vidas”.
Numa nota publicada na sua página oficial, o município explica que o projeto prevê “o acolhimento das vítimas, num apartamento de transição, por um período máximo de 12 meses, o acesso a cuidados de saúde, formação, apoio jurídico, e apoio na procura ativa de emprego e de habitação”.
“O ideal era que não houvesse esta necessidade, mas a realidade não é essa”. “Trabalhamos em rede, apostamos na prevenção para atenuar este fenómeno da violência, mas o efeito não é imediato”, afirmou Luísa Salgueiro, presidente da autarquia.
Além da autarca, estiveram presentes na sessão de assinatura do memorando a secretária de Estado para a Cidadania e para a Igualdade, Rosa Monteiro, a presidente da Assembleia Municipal e Conselheira Municipal para a Igualdade de Género, Palmira Macedo, a vice-presidente da Associação Plano i, Paula Allen, o administrador da Matosinhos Habit, Tiago Maia, e os vereadores Ângela Miranda e José Pedro Rodrigues.
Note-se que a “Casa Cor” é apenas mais um dos muitos projetos nesta área que o município de Matosinhos tem vindo a apoiar.