A Câmara Municipal do Porto avança que o antigo Matadouro Industrial de Campanhã está preparado para entrar na segunda fase da reabilitação, depois dos trabalhos de limpeza da zona, demolições, terraplanagens e sondagens às estruturas existentes.
O espaço vai ser convertido num equipamento âncora para o desenvolvimento da zona oriental do Porto, sendo que irá abrir à cidade no último trimestre de 2024.
Em declarações à agência Lusa, o vereador com o pelouro do Urbanismo, Pedro Baganha, sublinhou que está a ser cumprido o “cronograma normal dos trabalhos” e que, agora, se segue a reabilitação dos edifícios existentes e a construção dos novos equipamentos.
“Esta fase vai demorar cerca de dois anos, prevendo-se que, em outubro de 2024, o novo Matadouro já esteja ao serviço de todos”, considera o vereador municipal.
Com um investimento superior a 40 milhões de euros, totalmente assegurado pela empresa vencedora do concurso público, a Mota-Engil, a reconversão do antigo Matadouro Industrial vai resultar em espaços empresariais, espaços comerciais e de lazer de apoio local, espaços destinados à ação social e à ligação com a comunidade local e de cariz cultural e artístico.
O espaço tem um total de 26 mil metros quadrados, dos quais 20.500 serão reconvertidos. Desses, 12.500 vão ser explorados pela Mota-Engil, e os restantes pela autarquia. Ao fim de 30 anos de concessão, o equipamento regressa à esfera municipal.
O PDM do Porto prevê ainda a construção de uma praça com estacionamento subterrâneo nos terrenos da fábrica Invencível e do Parque de Recolha da STCP, que Pedro Baganha considera “o prolongamento natural” do espaço criado no Matadouro. “A ideia sempre foi a de abrir o edifício à cidade”, afirmou o vereador do Urbanismo.
Foto: Guilherme Costa Oliveira