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Maria Teresa Horta é a vencedora do prémio literário Correntes d’Escritas 2021

Maria Teresa Horta é a vencedora do prémio literário Correntes d'Escritas 2021

“Estranhezas”, de Maria Teresa Horta, é a obra vencedora do Prémio Literário Casino da Póvoa 2021, atribuído no âmbito do encontro literário Correntes d’Escritas, que decorre esta sexta-feira e sábado, na Póvoa de Varzim.

 “Estranhezas” é “uma exaltação da paixão, da beleza, do real concreto e efémero eternizado pela deslocação da esfera do tempo para o espaço da escrita”, assinalou o júri, constituído por Daniel Jonas, Inês Pedrosa, José António Gomes, Luís Caetano e Marta Bernardes.

“As sete partes deste livro – No Espelho, Da Paixão, Da Beleza, Alteridades, Tumulto, Ferocidades, Diante do Abismo – revisitam e deslocam os temas centrais da obra de Maria Teresa Horta que, desde o seu primeiro livro (‘Espelho Inicial’, 1960), criou um glossário e uma sintaxe muito pessoais, um idioma singular que subverte e atualiza a ideia da poesia como canto celebratório, brincando com as convenções da rima e do ritmo, fazendo-as implodir num erotismo vital, que se exerce numa contínua experimentação dos limites de nudez e mistério da palavra”, lê-se ainda na declaração de voto.

Escritora, jornalista e destacada feminista portuguesa, Maria Teresa Horta nasceu a 20 de maio de 1937, em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras.

É autora de vários livros de poesia e ficção, sendo que a sua obra poética publicada até 2006 – dezoito títulos – está coligida em “Poesia Reunida” (Dom Quixote, 2009), livro que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária.

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Em 2011 recebeu o Prémio D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus, pela sua obra “As Luzes de Leonor”.

Em 2014, foi-lhe atribuído o Prémio Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e, em 2017, com o livro “Anunciações”, venceu o Prémio Autores SPA/Melhor Livro de Poesia. No ano passado, foi distinguida com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Ministério da Cultura.

Desde 2004 que é Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, numa distinção entregue pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.

O galardão máximo do festival Correntes d’Escritas agora atribuído a Maria Teresa Horta tem um prémio associado de 20 mil euros. O festival atribuiu, também, o Prémio Literário Fundação Luís Rainha, que distingue uma obra literária inédita cuja temática seja a Póvoa de Varzim, a António José da Assunção, com o texto “Como Ondas no Mar”.

Recorde-se que, este ano, devido às contingências da pandemia de Covid-19, o encontro de escritores de expressão ibérica realiza-se ‘online’ e em formato reduzido com apenas dois dias de atividades.

Luis Sepúlveda, escritor chileno que faleceu, no ano passado, vítima de Covid-19, é o homenageado do certame.

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