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Maria Miguel

Maria Miguel

Maria Miguel “arrasa” na moda em Paris

Maria Miguel não procurou a moda, foi a moda que a encontrou. Queria ser futebolista, mas a vida trocou-lhe as voltas e hoje é uma das “Best new things” da moda internacional.

Com 16 anos abriu o desfile de Saint Laurent, em Paris, em setembro do ano passado e tornou-se a primeira portuguesa a desfilar para a marca. Com apenas 17 anos, pisou, em março, a passerelle para a Chanel, na mesma cidade. E tudo isto por acaso.

Em maio, regressou à cidade do amor, desta vez para o desfile da Cruise Collection da marca francesa e desfilou ao lado de Bella e Gigi Hadid, Barbara Palvin e Stella Maxwell, entre outras modelos. Há poucos dias, Maria Miguel, que há alguns anos, depois de Braga, onde nasceu, Luanda e Paris, adoptou a cidade do Porto para viver, foi distinguida com o Globo de Ouro da SIC para Melhor Modelo Feminino do Ano, categoria para que também estavam nomeadas Isilda (Central Models), Maria Clara (L’Agence) e Sara Sampaio (Central Models).

A VIVA! conversou com a jovem e promissora modelo, agenciada pela L’Agence, para a dar a conhecer melhor, aos seus milhares de leitores. Ei-la, despida de vaidades e preconceitos. A marcar os golos que tão bem sabe…

Como começou isto da moda? Alguma vez tinha pensado ser modelo? Sei que a sua tia teve influência. De que modo?

Era abordada na rua várias vezes mas nunca dava atenção pois ser modelo nem me passava pela cabeça, até que um dia a minha tia me desafiou a ir à L’Agence e meio “deixa lá ver o que é isto”, fui.

Custou-lhe abandonar o sonho de ser jogadora de futebol do Sporting?

O que custou mais e se sobrepôs a tudo o resto foi deixar a família e os amigos.

Nunca pensou, se é que não pensa, ser apenas uma médica, engenheira, ou algo semelhante? A moda vai forçá-la a abandonar os estudos?

Estou a tentar conciliar os estudos com o trabalho e espero conseguir tirar o curso de Gestão. Mas a prioridade agora é a minha carreira de modelo.

Como foi a sua infância em Braga? Que recordações guarda?

Saí de Braga para Luanda com sete anos, onde vivi até aos 14. Era pois muito nova. Mas Braga é a cidade da minha família onde regresso sempre. Pelo que as memórias são mais de agora do que da altura. Conservo amigos para a vida. E os locais que vou revendo. É uma cidade muito bonita, de gente minha.

E a juventude no Porto? Que sente nesta cidade que a adotou?

O Porto é a melhor cidade do mundo: regressei arrasada após viver um ano em Londres, pensando que nunca mais teria uma vida como lá. Mas o Porto conquistou-me com as paisagens, com a comida, com a vida, mas sobretudo com as amigas que encontrei. Para viver, não conheço cidade igual.

Quem lhe deu o grande “push” que a levou até Paris, à casa da Yves Saint-Laurent e à abertura do desfile da Semana da Moda de Paris?

Neste mundo novo que é para mim a moda, a L’Agence e a Next (agência internacional) marcam o meu percurso. Eles sabem o que é melhor para mim e eu acredito. Por eles e com eles cheguei a Saint Laurent. Por eles e com eles espero chegar muito mais longe.

É difícil ser modelo? Qual a sua melhor recordação? E a pior, se é que a tem?

É difícil mas as coisas boas equilibram tudo, apesar de trabalhar longas horas não tenho motivos de queixa. Em tão pouco tempo não consigo já escolher o melhor momento. O que mostra como estou feliz. O pior foi superar a última Semana da Moda em Paris doente, fazendo das tripas coração para não ceder.

Que sensação teve quando foi confrontada com a responsabilidade de iniciar um desfile da Casa Saint-Laurent, perante uma plateia tão exigente?

Estava nervosa mas confiante antes de entrar mas mal comecei a desfilar todos os nervos foram embora e é até hoje um dos melhores dias da minha vida.

maria_miguel_YSL_-_NowFashionComo aconteceu o convite para abrir o desfile?

Uma das pessoas que trabalha na Saint Laurent disse-me que suspeitava mas só soube mesmo a 100% na altura do ensaio porque fui eu a primeira a desfilar. Foi assim… mágico!!!

Caracterizando esta profissão, o que tem de melhor e mais difícil?

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O melhor é conhecer o mundo, pessoas e culturas tão diferentes. O mais difícil são as saudades, a distância da família e dos amigos. Perder tantos momentos com todos eles.

Antes de iniciar esta profissão, qual era a ideia que tinha da indústria da moda?

Achava que ia ser muito mais fácil do que realmente é.

Que balanço estabelece desta ainda curta, mas promissora carreira?

Que posso dizer? Fantástico…

Que conselhos dá às jovens que sonham com esta profissão?

Que sigam os sonhos. Que acreditem e tentem sempre.

O que se segue?

Nem eu sei muito bem, temos que esperar para ver!

Algum sonho em específico que queira concretizar na moda?

Tenho muitos não consigo escolher só um, mas o que mais quero é conseguir ser sempre profissional com toda a gente com quem trabalho e dar o meu melhor.

Conhece já relativamente bem Paris e Nova Iorque, onde já fez sessões fotográficas. Como classifica as duas cidades em termos de moda? E para viver? De qual gostou mais? Admite viver, alguns anos, permanentemente numa destas cidades?

São duas cidades completamente diferentes: Paris é uma cidade linda e mais calma. Nova Iorque mais moderna e mais a minha onda… mais fora da caixa… ou, às vezes, mesmo sem caixa. Admito viver em qualquer uma delas pois acrescentam sempre coisas. Talvez também pela língua estou mais confortável em Nova Iorque.

Comida preferida?

Hamburger.

Livro de que mais gostou?

‘A thousand splendid suns’ sem dúvida porque demonstra o sofrimento das mulheres e eu, que não fico tocada com nada, senti que este livro conseguiu realmente tocar-me.

Música preferida?

‘Back to black’, de Amy Winehouse, não sei porquê. Mas temos mesmo de saber porque gostamos das coisas?

Cidade e região prediletas?

O Porto pelas amizades que criei e porque acho que é das cidades mais bonitas e acolhedoras onde já estive. O Minho porque é de aí que sou. E adoro o meu Gerês. Nunca foi escrito mas eu cresci em Sta. Isabel, uma aldeia no concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga. É tão lindo.

E país?

Aqui gostamos sempre dos nossos – Portugal e Angola – são os que só nós podemos criticar e não admitimos críticas de terceiros.

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