Ainda assim, para o responsável, “o que mais se evidencia é, realmente, o interesse” do público, que procura “diversão e boa música” num festival “muito urbano”. “São pessoas que se querem divertir numa saída à noite. O Marés Vivas é diferente, por exemplo, do Sudoeste, onde as pessoas acampam. Ao nosso festival vão aqueles que querem relaxar e ouvir música”, descreveu Jorge Lopes.
Além de mais um dia de concertos, a décima edição do evento contará com outras “surpresas”, que só serão desvendadas nos quatros dias do festival. De acordo com o organizador, a proximidade urbana, a qualidade musical e o preço dos bilhetes – 30 euros o diário e 60 euros o passe para os quatro dias – são os grandes ingredientes diferenciadores do Marés Vivas. “E ainda a paisagem”, acrescentou, defendendo tratar-se, “talvez, de um dos festivais com uma vista mais bonita”.
No arranque do evento, a 18 de julho, o palco pertencerá ao quarteto escocês Franz Ferdinand, conhecido por um “ritmo frenético”, apoiado por um conjunto de “letras apaixonantes”. Formada em 2002, a banda de Alex Kapranos, Bob Hardy, Nick McCarthy e Paul Thomson alcançou o sucesso com o single “Take me Out”, alcançando a 3.ª posição no top do Reino Unido.
O “uivo” dos Wolfmother é outras das propostas apresentadas pela organização aos festivaleiros. A banda australiana que ficou conhecida por revitalizar o Hard Rock dos anos 70 subirá ao palco também no dia 18, a provar a sua inspiração em bandas como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath.
Os suecos The Sounds também vão alinhar no primeiro dia do Marés Vivas, brindando o público com o seu mais recente álbum – “Something to Die For” – lançado em 2011. Após o lançamento do disco de estreia, “Living in America”, em 2002, a banda deixou de ser conhecida apenas no seu país, tendo até andado em digressão com os Foo Fighters, The Strokes, Mando Diao, Angel & Airwaves, Panic at the Disco e Paramore.
Para o segundo dia, a organização reuniu quatro grandes nomes da música internacional: Kaiser Chiefs, The Cult, Gun e Garbage. Os britânicos Kaiser Chiefs prometem uma noite “efervescente”, um ano depois do lançamento do quarto trabalho, “The Future is Medieval”, fundamental para o aumento do prestígio da banda. A dispensar apresentações, os The Cult vão apresentar, na praia do Cabedelo, o seu novo disco “Choice of Weapon”, lançado em maio deste ano, a mostrar a vertente mais crua e visceral do grupo.
Os “lendários” Gun, que foram galardoados com o prestigiado Nordoff Robbins Tartan – Prémio de Melhor Banda Live da Escócia, estão também confirmados para o dia 19 de julho, assim como os Garbage, que preservam o estatuto de uma das melhores bandas da segunda metade da década de 90.
Depois de ter estado em território luso em 1993, no Estádio José de Alvalade, na abertura do concerto dos Bom Jovi, Billy Idol regressará a Portugal no dia 20, prometendo um concerto “eletrizante”. Com a mesma garra chegará à praia do Cabedelo Ebony Bonés, depois de ter tocado ao vivo no “The Shangai World Expo Trade Show 2010”, no “Central Park Summer Stage” em Nova Iorque, no “Grand Palais” em Paris e de em 2011 ter feito a abertura da tournée europeia de Cee Lo Green.
Com elementos provenientes de diferentes pontos do mundo – Ucrânia, Etiópia, China, Rússia, Estados Unidos e Israel – os Gogol Bordello prometem contaminar o público do Marés Vivas com as suas performances teatrais, envolvendo dança e arte de rua. Também a comemorar o seu décimo aniversário, os Azeitonas são presença garantida no terceiro dia do festival. A banda nortenha, que gravou, em 2010, uma versão do “Anda comigo ver os aviões” com António Zambujo, atingiu em downloads o equivalente a 70 mil álbuns descarregados.
No último dia, além do concerto de Pedro Abrunhosa – padrinho do evento – haverá também uma presença bem conhecida do público – a de Mónica Ferraz – que foi vocalista dos Mesa durante dez anos. No dia 21, a artista subirá ao palco tmn para apresentar o seu trabalho a solo, intitulado “Start Stop”. A substituir os Scissor Sisters, os The Hives prometem uma atuação marcada por “exaustivas e animadas performances, trajes a combinar e um ego gigante”. O quinteto apresentará, em Vila Nova de Gaia, o seu novo disco “Lex Hives”, que será lançado a 4 de julho. Para terminar, uma das presenças mais aguardadas será a de Anastácia, que ficou conhecida, em 2005, pela venda de 20 milhões de discos em todo o mundo.
Mariana Albuquerque
Fotos: www.peventertainment.pt
