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Marés Vivas admite processar movimento SOS Estuário do Douro

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A promotora do festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, admitiu esta quinta-feira que irá avançar judicialmente contra o movimento cívico SOS Estuário do Douro pela “chantagem e ameaça de boicotar” o evento.

“Isto é um ato de terrorismo. A PEV [promotora] recebeu um parecer do Ministério do Ambiente, após estudos feitos por entidades conhecedoras destas questões”, afirmou à Agência Lusa Jorge Lopes, da empresa.
O responsável reagiu desta forma ao comunicado divulgado sobre a criação do Movimento Cívico SOS Estuário do Douro, no qual é feito um apelo aos artistas que se “recusem a atuar” no festival e se pede aos patrocinadores e espetadores que “não contribuam para mais este atentado ambiental”.
Em causa está o novo local escolhido para a realização da 14.ª edição do festival, que fica a 900 metros do anterior e junto à Reserva Natural do Estuário do Douro, o que motivou críticas da Quercus e a criação de uma comissão de acompanhamento pelo Ministério do Ambiente.
“Foi dada a viabilidade de realização do festival e algumas medidas e mitigação dos possíveis impactos”, frisou hoje o responsável da promotora do evento, segundo o qual “em termos legais tudo está correto”.
Quanto à criação do movimento cívico, noticiada quarta-feira pelo jornal Público, Jorge Lopes criticou a “chantagem e ameaças de boicote ao festival” vertidas no comunicado e adiantou que a empresa vai “agir judicialmente” contra os seus elementos.
Em comunicado, a PEV garante que “sempre teve como preocupação central o respeito pela população circundante e pela natureza que muito valoriza o festival”.
“Explanados os factos, as dúvidas e insinuações, registamos a perseguição e tentativa de difamação que poucos dedicam ao Festival Mares Vivas, evento de referência e aceitação de muitos milhares de visitantes nacionais e estrangeiros que ano após ano nos visitam”, diz a organização.
No comunicado do SOS Estuário do Douro, o movimento diz ter sido com “surpresa e indignação que muitos cidadãos tomaram conhecimento da vontade do atual executivo da Câmara Municipal de Gaia em realizar a edição deste ano do festival de música MEO Marés Vivas num terreno que é sua propriedade, denominado Vale de Sampaio”.
Alega que “o impacto ambiental já começou com a destruição de uma valiosa zona de matos no referido Vale de Sampaio, importantíssimo para a nidificação de várias espécies de aves” e que o evento marcado para 14 a 16 de julho “constitui uma ameaça fortíssima que pode destruir em poucos dias o trabalho feito durante anos”.
Serafim Riem, membro da comissão coordenadora do movimento e presidente da direção nacional do Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens (FAPAS), disse que o SOS Estuário conta já com duas mil pessoas, 150 das quais a trabalhar ativamente e a contactar quer os agentes dos artistas quer as empresas patrocinadoras do evento para manifestar a sua preocupação.

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