O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, receia que o funcionamento da autarquia fique ameaçado devido às mais de quatro centenas de processos judiciais herdados das gestões anteriores, que totalizam 900 milhões de euros, numa altura em que o orçamento ronda os 68 milhões. Segundo frisou, a autarquia “pode estar” em risco porque “o valor requerido pelos autores dos processos totaliza 900 milhões de euros”. “Tira o sono a qualquer um”, reconheceu.
O município pode não sair perdedor de todos os processos ou não ser condenado no valor total das ações, mas, face ao orçamento atual da autarquia, a possibilidade de ser condenada num terço dos processos ou em percentagens pequenas é vista pelo presidente da autarquia como “incomportável”. “Se a câmara for condenada a um terço, estamos a falar de 300 milhões. Se for condenada a 10% são 90 milhões”, informou. De referir que as quatro principais áreas em que se integram os processos são: conflitos de recursos humanos com colaboradores ou ex-colaboradores, expropriações, ocupações abusivas e/ou não negociadas de espaço por parte da câmara (por exemplo em alargamento de vias) e acordos de concessão.
