Marcelo Rebelo de Sousa foi, este domingo, reeleito Presidente da República, com mais de 60% dos votos dos portugueses, num ano em que a taxa de abstenção atingiu um número histórico (60,5%). Um número muito acima dos últimos recordes atingidos – 53,48%, em 2011, e 51,17%, em 2016.
O Presidente da República foi reeleito à primeira volta com um total de 60,70% dos votos, uma percentagem superior à alcançada nas últimas eleições (52%).
Ana Gomes ficou, por sua vez, em segundo lugar, com 12,9%, e foi a mulher mais votada de sempre numas eleições presidenciais em Portugal e a primeira a conseguir alcançar este lugar.
O terceiro lugar das eleições presidenciais 2021 foi alcançado pelo líder do CHEGA, André Ventura, que não alcançou o resultado que pretendia (11,9%), ficando atrás da adversária Ana Gomes.
O candidato do PCP João Ferreira registou 4,32% dos votos, enquanto Marisa Matias, quinta classificada, conseguiu 3,95%.
O estreante Tiago Mayan alcançou 3,22% dos votos e Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, atingiu 2,94%.
No discurso da vitória, realizado na Faculdade de Direito de Lisboa, como aconteceu na vitória de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se “profundamente honrado” pela “confiança reforçada” e começou por recordar os infetados e vítimas da pandemia de covid-19, que admitiu ser o principal desafio dos próximos tempos.
“Tudo começa no combate à pandemia. Se a pandemia durar mais, e for mais profunda, tudo o resto que queremos tanto, correrá pior, durará mais, será mais difícil de enfrentar. Sendo tudo urgente numa sociedade em crise, o mais urgente do urgente chama-se «combate a pandemia»”, afirmou, garantido que tudo é preciso fazer para “travar e depois inverter um processo que está a pressionar em termos dramáticos a nossa estrutura de saúde”.
“Conter primeiro; abreviar depois a pandemia para que possamos passar definitivamente ao resto tão essencial que temos que fazer”, resumiu o presidente reeleito.
Resultados eleitorais em alguns concelhos do Grande Porto
No Grande Porto, de uma forma geral, houve concordância com a média nacional em relação aos três primeiros lugares, com Marcelo Rebelo de Sousa, Ana Gomes e André Ventura a atingirem os lugares cimeiros. A discrepância aconteceu em relação aos restantes quatro candidatos.
No Porto, por exemplo, Tiago Mayan Gonçalves foi o quarto candidato mais eleito (8,12%), seguido de João Ferreira, Marisa Matias e Vitorino Silva, respetivamente, com 4,67%, 4,44% e 2,3% dos votos. Em Matosinhos, o estreante Tiago Mayan Gonçalves também conquistou a quarta posição. Contudo, Marisa Matias (4,32%) ficou à frente de João Ferreira (3,86%). Vitorino Silva, por sua vez, ficou em último com 3,07%.
Em Vila Nova de Gaia, a preferência recaiu, respetivamente, sob Marisa Matias (4,26%), Tiago Mayan Gonçalves (4,2%), João Ferreira (3,44%) e Vitorino Silva (3,25%).
Já em Gondomar a candidata Marisa Matias também alcançou a quarta posição (4,59%). Por sua vez, João Ferreira ficou em quinto (4,33%) e Vitorino Silva (4,08%) e Tiago Mayan Gonçalves (3,2%), respetivamente, em sexto e sétimo lugares.
Na Maia, o quarto lugar foi atribuído a Tiago Mayan Gonçalves (5,32%), seguido de Marisa Matinas (4,28%), Vitorino Silva (3,28%) e João Ferreira (3,02%).
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