É considerada uma das mais bonitas cidades do país. Destaca-se pela sua essência, pela sua simplicidade e pelo calor fervoroso das suas gentes, que não deixam ninguém indiferente. No Porto, tudo tem outro encanto. A opinião é unânime e transcende locais, com milhares de turistas a apelidar a cidade como uma das mais fascinantes de toda a Europa. Entre as atratividades que a posicionam neste lugar cimeiro, destaca-se a sua arquitetura, cultura, gastronomia, o comércio e, claro, os seus recantos mais especiais.
Mas, o Porto nem sempre foi assim. Tal e qual o conhecemos. Há lugares que sofreram uma transformação tremenda, outros que experienciaram apenas um pequeno processo de modernização e outros tantos que passaram a destacar-se, ainda mais, pela sua singularidade.
Embarque connosco numa viagem fotográfica pelo Porto de antigamente, mas antes recorde algumas curiosidades da história da “antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade”…
Sabia que foi no Porto que surgiu o nome do nosso país? “Cale”, como inicialmente se chamava, era uma pequena aldeia localizada na foz do Douro, que deu lugar ao porto construído chamado pelos romanos, chamado “Portus Cale”, que mais tarde deu origem a “Portugal”, recorda a National Geographic, numa das suas publicações.
Esta pequena aldeia, conta a história, foi ocupada pelos romanos, fazendo de “Portus Cale” paragem obrigatória na rota entre Braga e Lisboa. Mais tarde, a região foi ainda invadida pelos povos germânicos e, posteriormente, pelos visigodos, que governaram a cidade até meados de 716, altura em que esta foi conquistada pelos árabes.
“Os árabes permaneceram no Porto até que a cidade foi reconquistada pelo rei Afonso I de Astúrias. Depois da reconquista, foi quase abandonada até que, em 880, o último rei asturiano Afonso III, o Magno, ordenou que fosse repovoada”, lê-se numa publicação divulgada na página “Tudo sobre o Porto”, que adianta que, em 1906, o rei Afonso VI de Castela e Leão, ofereceu o Porto a Henrique de Borgonha, depois deste casar com a sua filha Teresa, tornando-a capital do Condado Portucalense.
“A cidade do Porto era o morro da Sé. A Rua das Aldas ou a Rua da Penaventosa datam desta altura. O morro era rodeado por muralhas.
Por iniciativa de D. Teresa, em 1120, é concedido ao bispo D. Hugo um vasto território. O prelado, volvidos três anos, dá a carta de foral aos moradores. O foral era bastante generoso, o que contribuiu para o rápido desenvolvimento do território. As muralhas foram rapidamente extravazadas em todas as direcções”, detalha, por sua vez, a Câmara Municipal do Porto, num artigo divulgado no seu portal de notícias.
Em 1330, o Porto já se afigurava como uma cidade importante, ponto obrigatório da atividade mercantil, sendo que em meados do século XIV, torna-se “premente construir uma nova muralha no Porto”, de forma a “proteger a cidade em pleno crescimento de todas as arremetidas inimigas”.
Os descobrimentos trouxeram uma riqueza imensa para Portugal, que acabou por se tornar o centro europeu do comércio marítimo. “Os seus portos, incluindo o da cidade do Porto, tiveram um papel fundamental para que isso fosse possível”, tendo, inclusivamente, sido no Porto que a atividade marítima e comercial se desenvolveu exponencialmente, sedimentando um lugar de liderança da indústria portuguesa de construção de navios.
Ao longo dos anos, a cidade foi palco de várias conquistas, nomeadamente a do protesto militar, em 1820, que derrubou a monarquia absoluta, dando lugar a uma constituição liberal. Mais de 150 anos depois, já em 1996, recebeu o estatuto de “Cidade Património Mundial” da UNESCO, pela riqueza histórica e cultural da cidade, sendo que em 2001 foi nomeada Capital Europeia da Cultura.