“É uma ocorrência natural. Não tem perigo nenhum para a saúde pública”, explicou à agência Lusa fonte da APA, assegurando que a situação, causada por um organismo unicelular, “não é tóxica”.
A praia não chegou a estar interdita mas os banhos foram impedidos pelos nadadores salvadores presentes que, quando se aperceberam da mancha, hastearam a bandeira vermelha e alertaram as autoridades competentes.
“As manchas avistadas resultam, apontam as primeiras conclusões de uma caracterização efetuada pela equipa do professor Mike Webber, diretor da Estação Litoral da Aguda [ELA], de um bloom [afloramento] provocado por um organismo unicelular chamado Noctiluca Scintillans”, explica, em comunicado, a Câmara de Gaia.
Depois das análises feitas pela equipa da ELA, “a situação voltou à normalidade”, assegurou a câmara, acrescentando que o fenómeno hoje avistado “ocorre frequentemente na costa portuguesa e resulta do contacto entre águas mais quentes e salinas com águas adjacentes do afloramento, mais frias”.
“Em altas concentrações, causa manchas vermelhas e espuma, podendo ser responsável pelo fenómeno de bioluminescência, visível à noite em zonas de rebentação”, explicou.
A autarquia irá manter “o estado de vigilância e monitorização sobre o atual fenómeno natural que ocorreu na costa do concelho”.