
A Câmara da Maia pretende introduzir em 2020, na política de gestão de resíduos, o sistema PAYT (a sigla de “pay-as-you-throw”, ou seja, “pagar o que produzes”).
O presidente maiato, António Silva Tiago, adiantou ao jornal Primeira Mão que a autarquia está a “trabalhar para que em 2020 possamos também implementar um novo sistema com vantagens na faturação aos consumidores, o PAYT. Com isso será possível privilegiarmos e potenciarmos esta recolha seletiva porta a porta, esta reciclagem, que tem que ter obviamente uma forte participação das famílias. Assim sendo, com esse sistema elas serão contempladas pelo seu esforço na fatura, no final de cada mês”.
Segundo explicou Paulo Ramalho, vereador da Economia, “vamos deixar de ter a tarifa dos resíduos ligada ao consumo da água e sim uma tarifa ligada ao consumo real, em que, de facto, quem conseguir separar mais resíduos vai ser beneficiado”.
O também presidente do Conselho de Administração da Maiambiente considera que “este caminho que estamos a trilhar será um caminho de sucesso, não só para a empresa Maiambiente e para o município da Maia, mas sobretudo para todos os maiatos, empresas e famílias que escolheram viver no nosso território”.
“A Maia é, hoje em dia, um município de referência na recolha seletiva e na separação de resíduos, estatuto em que a Maiambiente tem tido um papel muito importante”, acrescentou o responsável.
De recordar que, no passado mês de outubro, foi atingido um recorde de recolha de resíduos recicláveis, “ultrapassamos mais de 2 mil toneladas num mês. Nesta altura, estamos muito perto de atingir os 70 kgs per capita de resíduos valorizáveis.” O objetivo é atingir os 100 kgs per capita, “o que será possível atingir num período de um, dois ou três anos. Estou seguro que vamos lá chegar com a colaboração de toda a população maiata”.
Referia-se ainda o arranque, também em outubro passado, da recolha porta a porta dos resíduos orgânicos, o que contribui para a diminuição de custos com o tratamento dos lixos indiferenciados.
Assim, diz Paulo Ramalho, “se conseguirmos separar mais, vamos entregar menos resíduos na Lipor para tratamento e poderemos em breve reduzir o preço da tarifa aos nossos munícipes”. Depois, com o sistema PAYT, a tarifa de resíduos corresponderá à real separação por cada consumidor.