“Estou revoltado com esta situação, chegámos ao limite, a paciência esgotou. Temos de ver se é verdade e, se for, tirarei as ilações e juntar-me-ei a quem de direito para tentar evitar que isto aconteça”, assegurou, em declarações à Lusa.
O social-democrata informou que vai tentar falar com os representantes políticos a fim de esclarecer a autenticidade das notícias que têm sido difundidas pelos meios de comunicação social. “Quero saber o que se passa, porque isto é uma vergonha. Nós devíamos ser ouvidos nestas questões e somos sempre os últimos a saber”, lamentou. No caso de se confirmar a introdução de portagens, a situação é, segundo o autarca, muito “má”. Se há alguma coisa a pagar à Brisa por parte do contrato de concessão, que pague o Governo e não os utilizadores”, acrescentou.
Na opinião de Bragança Fernandes, uma vez que a A3 serve cinco concelhos – Trofa, Valongo, Gondomar, Maia e Santo Tirso – deverá ser abrangida pelo mesmo critério aplicado ao primeiro troço da A1 até aos Carvalhos, onde não existem pórticos, exatamente pelo facto de se tratar de uma via distribuidora. O presidente da autarquia revelou ainda que, para se deslocarem à Lipor 2, situada na Maia, os camiões do lixo dos resíduos sólidos do concelho têm de pagar “cerca de 150 mil euros ano de portagens”, quantia essa que, defendeu, “poderia ser investida em ação social”.
Bragança Fernandes sublinhou também que a eventual criação de novos pórticos nas autoestradas vai penalizar não só os maiatos mas a “economia do país e do norte porque as portagens representam mais um imposto e as empresas irão com certeza retirar-se para outro país onde os impostos sejam menores”. “Os portugueses já pagam tantos impostos e agora mais esta portagem. A competitividade também diminuiu, porque é portagem sobre portagem. Para a economia crescer tem de se isentar. Só assim a economia é colocada no lugar certo, não é com aumento de impostos e de portagens”, considerou.
Sexta-feira 18 Janeiro, 2013