
Bruno Machado, um dos elementos da direção artística, que criou o instituto com Juliana Moura e Luísa Moreira, afirmou à agência Lusa que “a escola é a base para se criar alguma coisa, para se criarem novos artistas, novas companhias, espaços de treino”.
O instituto privado quer ter uma turma com um máximo de vinte alunos a começar em setembro, depois das provas de aptidão física e artística que vão ser realizadas nos dias 21 e 22 de maio, cobrando uma propina anual de três mil euros.
“Infelizmente é privado. O aluno para vir estudar tem que pagar, apesar de estarmos à procura de bolsas, de ajudas de custos, não é fácil. Em Portugal, as coisas têm que arrancar primeiro antes de ter um apoio”, explicou Bruno Machado.
O responsável da instituição realçou que decidiram “avançar de uma forma privada, porque é o modelo que já aconteceu no resto da Europa”, mas estão “muito mais ocupados em estruturar tudo do que tentar outro contacto com o Ministério da Educação”.
Com cerca de 15 professores rotativos nas diversas áreas, teóricas e práticas, o Instituto Nacional de Artes do Circo quer formar pessoas que possam “trabalhar em companhias de teatro, de dança ou circo porque vão ter essa formação multidisciplinar”.
“O que a gente quer desenvolver é um trabalho de autor, de criação, em que possam criar o seu produto artístico”, disse o coordenador artístico.
Na página do projeto pode ler-se que “o INAC pretende ainda preencher uma lacuna profunda ao nível da formação em Portugal, na convicção de que no futuro, bons artistas permitirão criar espetáculos de grande qualidade técnica e artística”.