A VIVA Porto esteve à conversa com Luís de Matos. O mágico português vai estar no Coliseu do Porto, entre os dias 15 e 19 de janeiro, com o espetáculo “Impossível”. Mais informações sobre bilhetes podem ser encontradas aqui.
Na entrevista, é possível conhecer as expectativas de Luís de Matos para este novo espetáculo prestes a chegar à Invicta. O próprio aborda ainda temas como o processo criativo, conselhos que daria a alguém iniciante na profissão e o quão especial é atuar na cidade do Porto.
O Luís de Matos vai estar no Porto com o espetáculo “Impossível” durante o mês de janeiro. De um modo geral, o que é que o público pode esperar?
Acredito que esta seja, talvez, a melhor versão de sempre do espectáculo. Em cada ano renovamos o elenco e incluímos novas ilusões, sempre na tentativa de continuar a merecer o carinho e admiração de quem acompanha o projecto desde 2018.
Na sinopse, diz que o “Impossível” renova-se sempre desde que existiu pela primeira vez. Quais as principais diferenças, deste espetáculo em relação aos anteriores?
Para além disso, posso dizer que esta edição do espetáculo é ainda mais eclética. Julgo termos conseguido combinar grandes doses de humor, com momentos impactantes pela beleza, uma dose considerável de perigo, com momentos poéticos e outros quase imersivos de tão interativos que são.
Com muito amor e paixão, concebemos cada edição na esperança de que seja um bocadinho melhor que a anterior. Só o público poderá dizer se conseguimos mas, pela nossa parte, queremos muito continuar a merecer o seu carinho dando-lhes o nosso melhor em cada momento.
O Luís já atuou em diversos países e já trabalhou com mágicos de alto gabarito de várias partes do mundo. Diria que há algo diferente naquilo que se faz lá fora, em relação ao contexto da profissão em Portugal?
Sim, há muitas diferenças. Julgo que não têm a ver com o contexto geográfico mas com a forma como cada profissional escolhe, e consegue ou não, fazer o seu caminho. Há bons e maus profissionais em todas as área e em todo o mundo. O que conhecemos de cada um é, no meu entender, uma mistura de talento, trabalho e sorte. Não é preciso ter o máximo de cada um destes fatores, mas é da sua combinação que surge o resultado final.
Já atuou várias vezes no Porto, cidade onde, não raras vezes, os artistas dizem que são recebidos de forma especialmente calorosa. Sentiu isto, nas suas passagens pela Invicta?
Sempre! Cresci pessoal e profissionalmente no Porto, com as minhas primeiras séries de televisão a serem gravadas no Monte da Virgem. O Porto e as suas pessoas contribuíram muito para a minha formação. Sempre sou recebido com carinho e com verdade. Ainda assim, vou sempre surpreendido para casa e de coração cheio. É isso que me faz não querer falhar ou desiludir.
Sendo uma área ainda pouco conhecida para muitos, a verdade é que, em Portugal, quando se fala em magia, vem à cabeça o nome Luís de Matos. O que fez de diferente para conseguir tanto destaque na sua profissão? Diria que há algo que o distingue?
Talvez a paixão e a entrega com que, de forma consistente, a minha equipa e eu nos entregamos a cada desafio. Fazemos cada projecto, cada espectáculo, como se fosse a última coisa que faremos na vida. Um dia assim será e quereria muito que a memória que ficar foi a de que vimos o melhor que alguma vez consegui fazer.
Para os mais curiosos, como funciona o seu processo criativo ao longo dos anos? Pelo conhecimento que tem, é hoje mais fácil? Ou, pela dimensão que tem, sente mais responsabilidade a criar um número de magia?
O processo criativo é sempre penoso e prazeroso. Um misto de ambição de fazer mais e melhor, fazer o que ainda não foi feito, e a humildade de reconhecer que não conseguimos.
Por cada 20 ideias que tenho e desenvolvemos. Por cada 20 ideias que achamos que vão fazer a diferença, há 18 que chegam a um palco. É uma percentagem de êxito muito baixa. Se queremos seguir em frente só temos que gerar ainda mais ideias, dedicar ainda mais tempo e amor, na esperança de que mais “coisas boas” vejam a luz do dia.
A minha equipa e eu, trabalhamos diariamente, das 9h00 às 18h00, na tentativa de sermos melhores amanhã do que fomos ontem. É bom e sabe muito bem!
Quais os seus principais hobbies, para além da magia?
Pessoas! Gosto de pessoas! Gosto de as conhecer, de as entender e de aprender com elas.
Há algum conselho que dê a um jovem que queira, um dia, ser o próximo Luís de Matos?
Que desista! Não vale a pena! Não vale nunca a pena sermos a segunda versão de alguém, devemos sempre tentar ser a primeira de nós próprios, seja em que área for.
Para terminar, pedia-lhe que completasse a seguinte frase: “Entre os dias 15 e 19 de janeiro, devo ir ao Coliseu do Porto, porque…”
Este espetáculo não volta a acontecer com esta composição! É uma oportunidade única! Aliás, 7 oportunidades entre 15 e 19 de Janeiro!