A poucos dias do natal, os lojistas do Porto lamentam o reduzido volume de vendas alcançado, apesar das estratégias utilizadas para atrair os compradores: espetáculos musicais, estacionamento gratuito ou bilhetes para o circo e pistas de gelo.
Em declarações à Lusa, Luís Miguel, proprietário de uma sapataria situada na Rua de Santa Catarina, afirmou que “há muita gente nas ruas, mas só a passear e a ver monstras porque não há dinheiro”. Para o logista, este natal está a ser “muito pior” do que o anterior. “Mesmo com descontos, as pessoas não compram porque a situação do país continua complicada”, defendeu, por sua vez, Maria Rocha, dona de uma ourivesaria, frisando que, nos anos anteriores, os consumidores compravam e, agora, “acham tudo caro”.
Apesar do difícil cenário apontado pelos lojistas, o presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP) considera que, em 2014, será possível notar já um leve sinal de confiança na melhoria do quadro económico-social. “Nos últimos anos, havia um sentimento de insegurança entre a população devido à situação económica e profissional, mas agora há um pequeno conforto”, sustentou Nuno Camilo. Além disso, para o responsável, as ruas iluminadas, as atividades culturais em vários pontos da cidade e as ofertas das lojas, sob o lema “É bom comprar no Porto”, representam um impulso “muito importante” para atrair pessoas à rua e, consequentemente, ao comércio tradicional.