A Câmara do Porto apresentou esta segunda-feira o “Locomotiva”, projeto que, em meio ano, pretende dar nova vida à zona envolvente da Estação de São Bento, dada a sua função de “interface” de vários “apeadeiros” de fruição da cidade, nomeadamente a Avenida dos Aliados, a Sé, os Clérigos ou a Batalha.
A iniciativa, lançada pela autarquia, através da PortoLazer, em parceria com a REFER, integra quatro áreas de atuação: Arte Urbana, Estações, Programa de Voluntariado e Gestão de Convocatórias Abertas. A primeira interveção decorrerá até março de 2015, com a transformação do parque de estacionamento da Rua da Madeira e do armazém da REFER (lado direito de frente para a Estação de São Bento) numa zona de fruição, num espaço “para ser vivido”. Depois de um período de programação promovido pela Câmara, caberá ao “mercado e aos agentes económicos” agarrarem a ideia. “A Câmara não tem uma visão dirigista do planeamento. Deve lançar os projetos e criar a procura e depois deve ser a cidade a redescobrir-se”, defendeu Rui Moreira. O presidente da autarquia reconheceu ainda que o país não está num momento “de megalomanias”. “Não estamos em tempo de construir estações de São Bento. Estamos em tempo de redescobrir espaços”, admitiu.
O “Locomotiva”, orçado em cerca de 800 mil euros (e cofinanciado em 85% pelo ON.2 – O Novo Norte), tem como entidades parceiras, entre outras, companhias de teatro como a ACE-Teatro do Bolhão, o Museu de Marionetas do Porto, a Erva Daninha, a PELE-Espaço de Contacto Social e Cultural, o FITEI e o Circulando ou a ESSE-IPP. O programa de voluntariado será dinamizado pela Fundação da Juventude.