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Livro sobre rapto mortal de empresário em Braga apresentado esta quinta-feira no Porto

Livro sobre rapto mortal de empresário em Braga apresentado esta quinta-feira no Porto
Um livro que aborda em exclusivo o caso do rapto mortal de um empresário de Braga, cujo cadáver terá sido desfeito em ácido sulfúrico, entre Valongo e Gondomar, será apresentado esta quinta-feira, no Porto, na Fnac Santa Catarina, às 18h30.

Com a apresentação a cargo do Professor José Pinto da Costa, Catedrático de Medicina Legal e que durante 25 anos dirigiu o Instituto de Medicina Legal do Porto, o livro, cujo título é “Bourbons e Bruxo, Crime Bárbaro e Inédito em Portugal”, é da autoria do jornalista Joaquim Gomes, tendo sido agora publicado por Rui Costa Pinto Edições, Ldª e com prefácio do juiz aposentado Vítor de Azevedo Soares, ex-magistrado em Amares.
O  livro, que estará na Feira do Livro do Porto, além de encontrar-se já em todas as livrarias da cidade de Braga, surge numa ocasião em que, na próxima terça-feira, dia 4 de julho, de manhã, a instrução judicial será parcialmente repetida e o julgamento começará antes das férias judiciais de verão, no Tribunal de São João Novo, no Porto.

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Nas origens
Na origem do caso está o sequestro e o homicídio do empresário João Paulo de Araújo Fernandes, de 41 anos, raptado à frente da filha de oito anos, em Braga, na noite de 11 de março de 2016, quando entrava na garagem do edifício que ocupava quando vinha de França e onde trabalhava com o aquecimento, ventilação e ar condicionado.
A motivação do assassínio, supostamente seguido da dissimulação do cadáver com uma grande quantidade de ácido sulfúrico, terá residido na luta pela posse definitiva de um avultado património imobiliário dos pais da vítima, dezena e meia de imóveis avaliados em mais de dois milhões de euros, segundo se refere na acusação do Ministério Público.
Entre os arguidos consta o alegado autor moral, Pedro Bourbon, um advogado de Braga, que à data da sua detenção, em 17 de maio de 2016, era o secretário-geral do Partido Democrático Republicano (PDR), já depois de ter concorrido às eleições legislativas de outubro de 2015 como o cabeça de lista pelo Círculo Eleitoral de Braga daquele partido.
Ainda de acordo com a acusação do Ministério Público, a vítima terá perecido às mãos do curandeiro Emanuel Marques Paulino (“Bruxo da Areosa”), candidato a deputado na lista do PDR, em quarto lugar, que teria cometido o homicídio com o apoio de Rafael Silva (“O’Neill”), segurança que ficou conhecido por fazer escoltas ao serviço do PDR.

O autor
Com o livro “Bourbons e Bruxo – Crime Bárbaro e Inédito”, o autor da obra, o jornalista Joaquim Gomes, pretende “apenas um documentário, jornalístico, que ajude a perceber o enquadramento de um dos casos mais intrigantes nos anais da criminalidade portuguesa, nunca antecipar qualquer tipo de julgamento na praça pública”.
É o terceiro livro daquele jornalista, em que o primeiro foi sobre crimes de sangue – “Os Mistérios do Estripador de Lisboa”, o segundo acerca de crime económico – “Face Oculta com Rostos” – e o atual sobre ambos os tipos de criminalidade, já que, de acordo com a perspetiva de Joaquim Gomes, “o processo do empresário de Braga tem ambas as componentes: a montante crimes de colarinho branco e a jusante de rapto e homicídio”.

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