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Livraria Lello quer candidatar o Porto a cidade literária da UNESCO

Livraria Lello quer candidatar o Porto a cidade literária da UNESCO

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O Porto tem as condições e critérios exigidos pela UNESCO para ser considerado uma cidade literária, disse esta segunda-feira fonte oficial da Livraria Lello, que anunciou um movimento para este projeto. No entanto, a autarquia portuense já disse não ter qualquer intenção ou projeto nesse sentido.

“No fundo, temos de dar todos as mãos e tentar lançar a candidatura em 2018, porque o Porto tem todas as condições e critérios exigidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) para ser considerada uma cidade literária”, desde livrarias, editoras, bibliotecas, festivais e programas educativos, considerou o responsável pela comunicação da Livraria Lello, Manuel de Sousa, numa entrevista à agência Lusa.
De acordo com este responsável, a ideia de criar um “movimento para fazer do Porto Cidade Literária começou a 27 de janeiro com a primeira edição das ‘Conversas na Livraria Lello'”, onde se falou da “identidade do Porto e do impacto do turismo na cidade”. O objetivo é criar um movimento na cidade, “liderado pela Câmara Municipal do Porto”.
No entanto, a Câmara do Porto veio já dizer “não ter qualquer intenção ou projeto em curso com vista a uma candidatura a Cidade Literária da UNESCO”.
Portugal já tem Óbidos e Idanha-a-Nova no universo das “cidades criativas” da UNESCO, uma rede mundial que agrupa 116 cidades em diferentes áreas, da gastronomia ao artesanato, passando pela literatura.
No processo de aprovação do estatuto de Cidade da Literatura, a UNESCO tem em consideração critérios como a “qualidade, quantidade e diversidade editorial da cidade”, “a qualidade e quantidade dos programas educativos em literatura nacional e estrangeira nos diferentes níveis de ensino”, assim como a “relevância da literatura, teatro e poesia na vida da cidade”.
A existência de festivais e acontecimentos literários, a existência de bibliotecas, livrarias e centros culturais, públicos ou privados, que conservem, promovam e disseminem a literatura nacional e estrangeira são outros critérios avaliados pela UNESCO, assim como o envolvimento do setor editorial na tradução de obras literárias nacionais para línguas estrangeiras e vice-versa.
As cidades que se queiram candidatar ainda este ano de 2017 à rede da UNESCO podem fazê-lo até dia 16 de junho, lê-se na página da Internet daquela organização.

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