O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defende que a linha de alta velocidade, que vai ligar Lisboa-Porto-Vigo, e a nova ponte sobre o rio Douro, que integra o projeto de expansão da Metro do Porto, têm de ser “pensadas de forma articulada”.
“Escrevi uma carta aos dois ministros [das Infraestruturas e do Ambiente] propondo uma reunião a três sobre esta matéria porque me parece que a questão da expansão do metro, por um lado, e a questão da alta velocidade, por outro, não podem ser vistas em separado”, afirmou o autarca, segundo a agência Lusa, durante a sessão de segunda-feira da Assembleia Municipal do Porto.
O município portuense “reconhece a extraordinária importância” da nova ponte de metro sobre o rio Douro, que ligará Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia) à Casa da Música (Porto), já que esta vai permitir reduzir o afluxo na Ponte da Arrábida.
No entanto, adianta o Observador, a inclusão da ponte na “malha urbana é algo que preocupa” a autarquia.
“Nós sabemos bem tudo aquilo que rodeia a proteção visual da Ponte da Arrábida, portanto, é absolutamente crucial que o projeto em termos de arquitetura seja um projeto de grande qualidade porque vai ter um impacto visual muito significativo”, defendeu o autarca.
Rui Moreira disse ainda “pouco conhecer” sobre a nova linha de alta velocidade, referindo que a reunião que propôs “não foi considerada oportuna pelos membros do Governo”.
O presidente da Câmara do Porto considera que esta ligação ferroviária tem de ser “muito bem” pensada em termos de estruturação da Área Metropolitana do Porto (AMP), nomeadamente, como é que “a alta velocidade deve entrar no centro da AMP”.
De recordar que o Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030) contempla a construção de uma nova ligação ferroviária Porto-Lisboa. O projeto terá duas fases e, na segunda, a viagem entre a capital e a cidade Invicta deverá demorar 1h15 minutos.
Na apresentação do Programa, o ministro das Infraestruturas anunciou que as metas para a ferrovia se centram, entre outras, na criação de uma nova linha Porto-Vigo (Espanha) com duração de uma hora, bem como a eletrificação da rede até 2030.
