Mais de 150 reclusos de quatro estabelecimentos prisionais do Norte estão envolvidos no projeto “Ecoar”, destinado a apoiar a reinserção dos jovens na sociedade através da arte. A iniciativa, financiada pelo Programa Cidadania Ativa da Fundação Calouste Gulbenkian, vai ser dinamizada, ao longo deste ano, pela estrutura artística Pele – Espaço de Contacto Social e Cultural.
Segundo explicou a coordenadora do Ecoar, Maria João Mota, “a ideia é que, através da participação em projetos artísticos promovidos por uma equipa pedagógica, sejam validadas algumas competências, as chamadas ‘soft skills’ [competências pessoais e sociais] que, depois, podem potenciar outros percursos para os jovens que estão em final de cumprimento de pena”. Entre os participantes estarão cerca de 160 jovens, entre os 18 e os 30 anos, que se encontram a cumprir medidas judiciais, com baixos níveis de escolaridade e atualmente sem enquadramento em planos de formação ou emprego. O projeto arranca em fevereiro no Estabelecimento Prisional do Porto, passando pelos dois estabelecimentos prisionais de Santa Cruz do Bispo e pelo Estabelecimento Prisional do Vale do Sousa. Durante as sessões promovidas nos diferentes espaços, os reclusos vão ter oportunidade de desenvolver competências nas áreas do teatro, da música, artes plásticas e fotografia.